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Há décadas, vaticina-se e aguarda-se o fim da literatura. Muitos críticos e teóricos da literatura lamentam e se ressentem por um futuro apocalíptico, que nunca chega. Este artigo parte dessa discussão e a aprofunda com vista a uma possível resolução nos campos da crítica e do ensino de literatura. Trata-se, como desenvolvemos no artigo, de uma abordagem literária ao mesmo tempo especificizante e interdisciplinar, para assim o elemento humanizante surgir no mundo feito de papel. À guisa de exemplo, analisamos o poema “O monstrengo”, que está no livro A balada do cárcere, de Bruno Tolentino. Desse modo, almejamos reunir, a um só tempo, diagnóstico, análise e, propositivamente, uma abordagem minimamente suficiente, diante desse estado de coisas. |