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INTRODUÇÃO: As injurias penetrantes na região maxilofacial possuem diversas naturezas e podem causar uma ameaça à vida. Lesões por objetos penetrantes podem incorporar parcial ou completamente um corpo estranho, e um exemplo clássico desse tipo de lesão é a síndrome de Jael, assim denominada quando ocorre uma lesão por empalamento por arma branca na região craniofacial. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é relatar o tratamento cirúrgico de um paciente com Síndrome de Jael. RELATO DO CASO: Paciente, 37 anos, vítima de ferimento por arma de fogo (PAF), foi atendido na emergência, apresentando ao exame clínico extenso edema, causado pela presença de um corpo estranho penetrado na região infraorbitária direita, com acometimento do globo ocular. Ao exame de imagem, foi evidenciado um corpo estranho invadindo o seio maxilar direito, com imagem sugestiva de fratura no rebordo infraorbitário direito e fratura no côndilo ipslateral. O corpo estranho foi removido, a pálpebra inferior foi reconstruída, seguida pela tarsorrafia. O tratamento das fraturas foi conservador. CONCLUSÃO: A presença de corpos estranhos em face, como observada na Síndrome de Jael, deve ser manejada observando-se o comprometimento das estruturas adjacentes, que podem acarretar complicações imediatas ou tardias. A remoção desses objetos deve ser realizada de forma a preservar as estruturas dentro do possível, levando em consideração também os fatores estéticos e funcionais envolvidos. |
