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A adenomiose é uma condição benigna do útero caracterizada por glândulas endometriais ectópicas, estroma e alterações miometriais hipertróficas e hiperplásicas. Estudos recentes sugerem uma prevalência de 20-35% entre mulheres na menacme. A etiologia da adenomiose ainda não é reconhecida totalmente, porém, existem três teorias etiológicas consideradas mais relevantes, sendo elas: invaginação, metaplasia e ruptura da interface endométrio/miométrio. No que se refere a fisiopatologia da doença, sabe-se que o tecido endometrial normalmente tem a função de produzir prostaglandinas que causam as contrações menstruais. Os focos ectópicos da adenomiose podem aumentar os níveis destas prostaglandinas, o que causa dismenorreia. O estrogênio também pode agravar a doença. Dessa forma, o aumento da vascularização, o aumento da área da superfície endometrial e a produção de moléculas de sinalização celular contribuem para o sangramento menstrual aumentado. Segundo a grande maioria dos estudos atuais, um terço das pacientes que apresentam adenomiose são assintomáticas. Contudo, naquelas pacientes que possuem sintomas, as queixas mais comuns são: menorragia, sangramento uterino anormal, dor pélvica crônica, dismenorreia, dispareunia e infertilidade. O diagnóstico da doença gira em torno de exames de imagem, principalmente a ultrassonografia e, quando necessário, a ressonância nuclear magnética. O tratamento da doença pode ser feito de forma clínica, por intermédio de antiinflamatórios não esteroidais, progestágenos, DIU e agonistas de GnRH. Ademais, o tratamento cirúrgico também pode ser uma opção quando a terapêutica clínica não foi eficiente, podendo ser feito a histerectomia total, uma opção mais invasiva e com a ressalva de que a mulher perde sua fertilidade, ou pode-se optar por opções menos invasivas, como adenomiomectomia, histerectomia parcial, ablação térmica por ultrassom ou embolização da artéria uterina. |