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O sexto relatório do IPCC trouxe um forte alerta para a questão climática no mundo. O aviso chega em um cenário de desastres naturais que se espalharam ao redor do mundo nos últimos meses. A complexidade desse processo de transformação de um planeta, não apenas crescentemente ameaçado, mas também diretamente afetado pelos riscos socioambientais e seus danos, é cada vez mais notória. A emergência climática foi uma das grandes pautas de 2021, marcando importantes eventos internacionais relacionados à temática. Na América Latina e no Caribe, as inundações são o tipo de desastre mais comum desde o ano 2000. O debate sobre justiça e desigualdades sociais relacionadas às mudanças climáticas se intensificou ao longo da última década, devido à crescente incidência de eventos climáticos extremos. A injustiça climática advém da exposição de populações pobres a alterações climáticas criadas e exacerbadas pela atividade degenerativa humana. No Brasil, aproximadamente 85% dos desastres naturais estão relacionados às chuvas ou à falta delas. O país apresenta um histórico de tragédias climáticas relacionadas a esse desequilíbrio hídrico. A construção de uma justiça climática brasileira se faz necessária por meio da criação de políticas públicas e de planos de ação nesse sentido. |