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O termo inflamação refere-se a lesões teciduais com consequente alterações circulatórias e celulares, gerando rubor, calor, edema, dor e perda funcional. Ademais, a sensação dolorosa nomeia-se nocicepção, originada do processamento de estímulos nocivos. Para combater esses processos quando se tornam patológicos, busca-se por substâncias novas, destaca-se aquelas derivadas de compostos naturais, como a própolis. Este artigo objetiva avaliar os efeitos sobre nocicepção e inflamação a partir do uso de fração hexânica de extrato de própolis da abelha nativa Melipona quadrifasciata. Foram utilizados camundongos Mus musculus machos em dois modelos experimentais. No teste da Placa Quente, os animais foram dispostos sobre superfície aquecida e quantificou-se, em segundos, o tempo de latência de retirada da pata frente ao estímulo térmico para análise da hiperalgesia. Na avaliação do Edema de Pata, houve indução da inflamação através da injeção intraplantar de carragenina, e mensurou-se o edema com um paquímetro para avaliação da atividade anti-inflamatória. Na Placa Quente, o extrato não demonstrou diferença significativa quando comparado ao controle, e apresentou diferença quando comparado à morfina. No teste de Edema de Pata, o extrato demonstrou diferença significativa quando comparado ao controle em t=0,5h (11,01%) e t=2h (11,97%). O presente trabalho apresenta dados que reiteram o potencial anti-inflamatório do extrato, embora o efeito antinociceptivo não foi observado no teste de hipersensibilidade térmica. Dessa forma, reforça a necessidade de mais estudos acerca desta fração e valorização do uso de substâncias alternativas no auxílio do tratamento de nocicepção e inflamação. |