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A presente pesquisa tem por objetivo analisar a percepção do médico e do paciente quanto à atuação do Profissional de Educação Física e a inserção de exercícios físicos para o paciente pré e pós-bariátrico. Para isso, foi realizado um estudo descritivo-exploratório com abordagem quantitativa e qualitativa. A coleta de dados foi realizada nos meses de novembro e dezembro de 2019 onde foram utilizados como instrumento de coleta de dados, 02 (dois) questionários semiestruturados com questões mistas; o primeiro foi aplicado junto ao médico, composto de 07 (sete) questões, e o segundo aplicado junto ao paciente, composto por 10 (dez) questões. Foram entrevistados 02 (dois) médicos cirurgiões bariátricos e 30 pacientes após o aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados caracterizam o perfil de pacientes onde (80%) são mulheres, com ocorrência de (27%) de doenças metabólicas associadas, (70%) pós-cirúrgicos, com até um ano de cirurgia, (47%). Em relação ao nível de atividade física, (63%) praticam exercícios físicos, desacompanhados do Profissional de Educação Física, com 01 hora ou mais de duração, sendo (53%) a predominância de exercícios aeróbicos. A importância do exercício físico ocorre com o recebimento de orientação em (93%) dos pacientes através do médico e (70%) através da equipe multidisciplinar. Sobre o encaminhamento recebido para a prática de exercícios, 57% não recebem encaminhamento médico e quando recebem (62%) não procuram o profissional de Educação Física. Sobre a atuação do Profissional de Educação Física em equipe multidisciplinar: (57%) dos pacientes afirmam que participam de reuniões e (90%) apontam que o Profissional de Educação Física não compõe a equipe multidisciplinar. A média de atuação profissional do médico cirurgião é de 13,5 anos. Ambos apontam a ausência do Profissional de Educação em equipe multidisciplinar e afirmam que orientam o paciente sobre a importância do exercício. Em relação aos fatores que interferem/contribuem para a atuação multidisciplinar estão à preparação cirúrgica e o prosseguimento do tratamento pós-cirúrgico. Conclui-se que apesar da percepção positiva e reconhecimento do Profissional de Educação Física, o mesmo não se encontra inserido e nem atuante junto aos pacientes pré e pós-bariátricos. A ausência pode estar relacionada à escassez ou inexistência de políticas públicas locais que consolidem a área de atuação e que permitam a inserção deste profissional na área de saúde. No que diz respeito ao preparo acadêmico, há necessidade de mais estudos que indiquem que a formação seja fator contribuinte para a sua atuação neste meio. |