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Neste artigo examinamos as percepções dos professores de Física dos Ensinos Médio e Superior em relação ao ensino inclusivo de estudantes com deficiência visual. Decidimos reaplicar um questionário aplicado a professores de diversas áreas em três universidades em Gana, a fim de verificar diferenças e semelhanças entre o resultado daquela pesquisa, quando comparada com professores brasileiros de apenas uma área de estudo, a Física. Através da administração de um formulário eletrônico onde o participante deveria selecionar o grau de concordância, compomos uma amostra aleatória de 42 professores que trabalham em instituições públicas ou privadas. As afirmações estão divididas em quatro blocos: percepções gerais sobre inclusão, percepções sobre o conceito de inclusão, percepções sobre os tipos de deficiências e percepções sobre o apoio recebido de pessoas ou recursos. Os dados são analisados quantitativamente e comparações são feitas dentro da amostra utilizando o Teste t de student. O mesmo teste é feito para comparar nossa amostra com a amostra de Gana. Entre os resultados obtidos podemos destacar que não encontramos divergência entre gênero, nível de atuação ou setor (público/privado). No entanto, percebemos que os professores que participaram da nossa pesquisa possuem uma percepção mais negativa, em relação a resultados anteriores. As percepções menos favoráveis em nossa pesquisa indicam a necessidade de ampliação do debate sobre inclusão no meio acadêmico e a proposição de novas pesquisas para avaliar os fatores que levam a esse cenário, além da imprescindibilidade do desenvolvimento de práticas que possam conduzir a uma reversão nesse panorama negativo. |