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Este texto decorre de estudos motivados pelo cenário político e educacional instalado diante da pandemia da Covid-19 (SARS-CoV-2) no Brasil e no mundo. Com as orientações sanitárias de distanciamento social no início do ano letivo de 2020, deu-se o fechamento dos espaços escolares e a suspensão das atividades presenciais, ocasionando múltiplos questionamentos quanto a alternativas viáveis para a aprendizagem escolar dos estudantes, inquietações quanto à utilização de atividades remotas, ansiedades quanto ao retorno à normalidade e a possibilidade de um “novo normal”. Nesse contexto da pandemia foi produzido este trabalho cujo objetivo primeiro está em problematizar o “normal” e o “novo normal” não como uma sequência temporal, centrada no antes e depois, respectivamente, mas em suas ambiguidades e tensionamentos, para então agenciar enunciados no sentido da emergência de um pós-normal em educação. Trata-se de um estudo predominantemente teórico, acrescido da escuta de estudantes de ensino fundamental em escola pública e privada e de ensino superior sobre seus novos cenários educativos. As narrativas dos estudantes denotou certo entusiasmo em relação à utilização de atividades online, evidenciando o fato de possuírem acesso às tecnologias digitais e condições estruturais do trabalho remoto, o que não representa a realidade objetiva da maioria da população brasileira. As respostas, ainda provisórias às discussões levantadas apontam para a necessidade de repensarmos nossos modos de produzir e habitar em novos territórios em tempos de intermezzo, deixando emergir novas composições curriculares nesse pós-normal em educação, com todas as suas ambiguidades, suas ambivalências, suas tramas. |