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Tendo em vista que a diabetes possui alta incidência, enquanto uma doença crônica, é oportuno destacar que a retinopatia diabética (RD) representa umas de suas complicações microvasculares mais severas. Posto isso, para o presente estudo, definiu-se como questão norteadora: quais são os conhecimentos dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre a diabetes e as suas complicações relacionadas à RD para orientação de seus pacientes? Tendo como objetivo identificar e analisar os conhecimentos destes profissionais sobre a diabetes e suas complicações relacionadas à retinopatia diabética (RD). Para tanto, realizou-se um estudo qualitativo-descritivo, com delineamento transversal, feito com equipes da ESF de duas cidades em estados brasileiros diferentes, Ribeirão Preto/SP e Teixeira de Freitas/BA. De modo que, um total de 42 profissionais, entre médicos, enfermeiros e agentes comunitários, participou da pesquisa. Dessa forma, foi realizada uma entrevista semiestruturada com perguntas abertas e fechadas sobre o conhecimento de diabetes, RD e orientações dadas aos pacientes e para análise dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Nesse contexto, como resultado da pesquisa, os profissionais mostraram conhecimento geral sobre as diabetes, fornecendo orientações básicas e reforçando a necessidade de alguns cuidados. Quanto às complicações da doença, a mais mencionada foi sobre os pés diabéticos. Somente 4 médicos incluíram dor torácica e/ou nefropatia e/ou cegueira e/ou neuropatia e/ou amputações em suas falas. Sobre a relação diabetes-olho, RD e diagnóstico, os médicos mostraram que conhecem bem a relação, porém não fazem a fundoscopia. Já os enfermeiros e agentes comunitários não conhecem bem a relação da diabete com a visão, e não sabem o que é a RD. O conhecimento existente e as informações passadas aos pacientes são generalistas. Em um contexto geral, os profissionais poderiam receber uma maior capacitação e ter disponibilidade de ferramentas adequadas para melhor orientação e diagnóstico dos pacientes. Uma equipe mais preparada poderia diminuir o tempo-diagnóstico-tratamento e possibilitar o tratamento adequado da RD. |