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O objetivo deste artigo é analisar, do ponto de vista sociológico, o início da formação de Londrina, décadas de 1920-1950, situando-a no cenário nacional, e a construção dos matizes de sua identidade com seus impactos sobre a população negra na atualidade. Para estudar esse problema, realizamos uma pesquisa bibliográfica mobilizando como principais conceitos a ideologia do branqueamento e a colonialidade em articulação com a história da cidade. Os resultados desse estudo evidenciam que a lógica do colonialismo, persistente sob a forma de colonialidade, articulada às especificidades do racismo no Brasil, alicerçado na ideologia do branqueamento e no mito da democracia racial, serviu para, além de tantos outros infortúnios, obstruir o reconhecimento das contribuições dos negros e a sua própria existência. Outra face dessa dinâmica é a segregação urbana com evidente marca racial, que faz com que os negros ocupem, em sua maioria, os territórios pobres e estigmatizados de diversas cidades brasileiras e Londrina encontra-se inscrita nessa realidade. |