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O clima urbano e um fenomeno decorrente do sitio urbano, uma vez que a modificacao no uso e na ocupacao da terra interfere nesse clima, promovendo as chamadas ilhas de calor. Neste trabalho, a area de estudo escolhida foi a mancha urbana da cidade de Porto Velho, capital de Rondonia. O objetivo foi analisar a distribuicao espacial da temperatura de superficie terrestre e a densidade de vegetacao para os anos de 1985 a 2011, utilizando dados do sensor TM da serie Landsat-5, processados no software SPRING versao 5.1.8, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O metodo utilizado foi fundamentado na teoria de Clima Urbano, desenvolvida por Monteiro (1976), a partir da compreensao das regioes de interpretacao do clima de ambientes urbanos: transformacao e producao. A partir do indice de vegetacao (NDVI) foi observada a reducao de cobertura vegetal que se expandiu a partir da zona central, em 1985, para outras regioes do perimetro urbano, em 2011. A retirada da vegetacao e o resultado do processo de urbanizacao desordenado cujo modelo praticado em toda a Amazonia Ocidental se reproduziu em Porto Velho-RO. A diminuicao da vegetacao favoreceu o aumento da temperatura de superficie, promovendo as ilhas de calor difusas por toda area de estudo, configurando-se, assim, em “arquipelagos de calor”. Portanto, pode-se afirmar que a retirada da vegetacao influenciou no aumento da temperatura de superficie, apresentando, entre 1995 e 2011, uma amplitude de 10°C e caracterizando-se como um dos agentes modificadores do clima urbano, ao passo que sua manutencao e/ou adensamento propiciou a formacao das ilhas de frescor. |