BIOMASSA FITOPLANCTÔNICA E PRODUÇÃO PRIMÁRIA * *Gonzalez-Rodriguez, E., Rodrigues, S.V., Marinho, M.M., Carvalho, W.F., Pinto, F.N., Paranhos, R. 2017. Biomassa fitoplanctônica e produção primária. In: Falcão, A.P.C., Moreira, D.L. editores. Ambiente pelágico: caracterização ambiental regional da Bacia de Campos, Atlântico Sudoeste. Rio de Janeiro: Elsevier. Habitats, v. 5. p. 69-87

Autor: Silvana Vianna Rodrigues, Marcelo Manzi Marinho, Eliane Gonzalez-Rodriguez, Rodolfo Paranhos, Fernando Neves Pinto, Wanderson Fernandes de Carvalho
Rok vydání: 2017
DOI: 10.1016/b978-85-352-7276-5.50012-9
Popis: RESUMO A caracterizacao da variabilidade espaco-temporal da biomassa fitoplanctonica e da produtividade primaria da Bacia de Campos foi observada durante duas campanhas oceanograficas realizadas entre marco e abril (periodo chuvoso) e agosto e setembro (periodo seco) de 2009. Durante estas campanhas foram coletadas amostras na superficie e na base da camada de mistura em cinco transectos no periodo chuvoso e quatro no periodo seco, cujas estacoes variaram entre 25 e 3.000 m de profundidade. A concentracao de clorofila a total (mono- e divinil-) apresentou um gradiente decrescente do continente para a regiao oceânica, variando de 0,20 a 1,80 μg·L−1 e 0,10 a 7,83 μg·L−1 na regiao neritica e nos periodos chuvoso e seco, respectivamente. Na regiao oceânica a concentracao variou entre 0,04 e 0,33 μg·L−1 em ambos os periodos do ano. A divinil-clorofila a foi detectada em grande parte da Bacia de Campos com concentracoes variando ate 0,15 μg·L−1 e apresentou padrao de distribuicao inverso ao da clorofila a total, com gradiente longitudinal crescente ao longo da regiao oceânica, chegando a representar 40% da clorofila a total nessas regioes. A produtividade primaria foi avaliada por meio de experimentos in situ simulados para a construcao das curvas de luz-fotossintese e consequente estimativa dos parâmetros fotossinteticos, que foram utilizados para o calculo da produtividade primaria integrada na zona eufotica. Os valores de produtividade primaria variaram de 0,07 a 1,56 gC·m−2·d−1 no periodo chuvoso, e de 0,34 a 0,57 gC·m−2·d−1 no periodo seco, nao havendo diferenca significativa entre os dois periodos. Os resultados obtidos confirmam a caracteristica oligotrofica da regiao da Bacia de Campos, com excecao das regioes proximas de Cabo Frio e Cabo Sao Tome, que estao sujeitas a influencia de feicoes oceanograficas que aportam nutrientes.
Databáze: OpenAIRE