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Objetiva-se refletir nesse artigo as representações sobre a Natureza e o Meio Ambiente no texto “O Clamor do Meio Ambiente” do mestre cordelista e xilógrafo de Juazeiro do Norte-CE-Brasil, Abraão Batista, a partir da perspectiva ecocrítica. Essa discussão é parte de um estudo mais amplo que propõe analisar como a Natureza e o Meio Ambiente são representados na literatura de cordel brasileira e a partir de que momento esses temas se apresentam recorrentes nos folhetos. A literatura de cordel brasileira, especialmente no Nordeste, tem seu enfoque em temas aparentemente tradicionalistas, como Padre Cícero, Lampião, Besta Fera, secas, entre outros, apresentados nos vários ciclos temáticos do cordel. A partir da década de 1970, começa a aparecer cordéis que nos permite investigar, com maior ênfase, a degradação da Natureza pelo homem, especialmente com a introdução da palavra Ecologia em suas narrativas. A partir dessa constatação, utiliza-se a Teoria Ecocrítica para analisar, nos cordéis, a relação entre a literatura e o meio ambiente com uma interface específica que são as relações que se estabelecem entre o homem e o meio ambiente a partir de uma perspectiva ecocêntrica no texto literário, apontando a esfera e o contexto da escrita e sua recepção. Em relação ao enfoque ambiental, podemos inferir que o cordelista apresenta uma visão ecocrítica quando faz a critica através das rimas de sua poesia da degradação do meio ambiente e da natureza pelo ser humano. |