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Tendo como tema condutor o conceito de cidadania, pensado enquanto direito individual a ser resgatado por dependentes químicos submetidos à estigmatização social na “Cracolândia” paulistana, bem como enquanto função e objetivo da educação escolar, este artigo se propõe a expor, em sua primeira parte, uma caracterização do drogadito na região da “Cracolândia” e, em seguida, as ações promovidas pelo projeto Cristolândia no âmbito do programa de recuperação destes indivíduos. Propõe-se aqui que este programa não só busca tratar a saúde corporal desses indivíduos, mas também resgatar as condições de exercício de sua cidadania e regenerar sua pessoa social, oferecendo suportes sociais importantes para a definição e resgate do status de cidadão. Já na segunda parte deste artigo, a partir de documentos fundantes da prática pedagógica no Brasil e no estado de São Paulo, como a Lei de Diretrizes e Bases, Base Nacional Comum Curricular e Currículo Paulista, apresentar-se-á uma sequência didática voltada para o Ensino Médio, tendo no horizonte a finalidade precípua de um Mestrado Profissional: a aplicabilidade crítica e prática dos conhecimentos adquiridos. Pretende-se que o debate sobre a “Cracolândia” paulistana propicie aos estudantes espaços e momentos de reflexão sobre cidadania e os caminhos e limitações para o pleno alcance e exercício deste direito previsto na Constituição. |
