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Este texto aborda um modo de produção do espaço urbano que é problematizado a partir da arte. Nosso olhar crítico recai sobre um saber-fazer oriundo da arquitetura e do urbanismo, validado pelo mercado, seguidor de modelos de excelência e de conhecimento técnico formal, legitimado pela Academia – aqui identificado com a ideia de arquitetura maior. O fundamento teórico é a noção de menor em Gilles Deleuze e Félix Guattari (2015), entrecruzada com as noções de estética e política em Jacques Rancière (2009). Já o mote empírico é a prática artística do mexicano Héctor Zamora, aqui representada por dois trabalhos recentes: Paracaidista, Av. Revolución 1608 Bis, 2004; e Bar Las Divas (Sustracción/ Adición), de 2007. O resultado é um tensionamento, disparado pela arte, desse saber-fazer hegemônico. Nas experiências estéticas de Zamora, o tradicional movimento centro-margens é invertido para margens-centro, nos convidando a refletir sobre modos informais e menores de produção do espaço. |