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Em 4 de Agosto de 1578, data que poderia ser para sempre conhecida como “o dia da infâmia” em Portugal, o santo rei D. Sebastiao, o amado infante D. Sebastiao, “o desejado”, o que tinha seis dedos num dos pes, mas mesmo assim era perfeito, o ilustrissimo monarca portugues e brasileiro submeteu-se de bom grado a Batalha de Alcacer-Quibir, no norte de Marrocos. O desaparecimento de D. Sebastiao deu origem ao mito do Sebastianismo, ja que corpo real nunca foi encontrado e ainda ha os que acreditam que ele voltara. O que os historiadores nunca entenderam foi porque, contra todos os prognosticos, D.Sebastiao insistiu em liderar um esfomeado exercito de no maximo vinte mil homens contra uma vigorosa armada de cento e vinte mil marroquinos e otomanos. Ate que recentemente, em pesquisas na aldeia de Suaken, ao que tudo indica o local da batalha e onde ha um em memoria de D. Sebastiao, um texto de proprio punho do santo rei desvendou o misterio secular. Publicamos a carta a seguir com as devidas adaptacoes ao portugues de hoje. Como se nota, e inegavel que D. Sebastiao (que, apesar do imenso desejo de toda o pais luso, nao deixou descendencia), possuia razoavel tecnica literaria. Mais: ele teria sido o inventor da autoficcao quase quatro seculos antes de o critico literario frances Serge Doubrovsky cunhar o termo em 1977. |