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O objetivo do presente texto é refletir sobre o processo de negação e/ou afirmação identitária das protagonistas em Impressões de uma infância (Cadernos Negros, no 36), de autoria de Silvana Martins (2013) e no romance Americanah, de Chimamanda Adichie (2014), a partir da relação com os seus cabelos crespos. Para tanto, realizamos a pesquisa bibliográfica e nos norteamos em estudos oriundos da literatura em interface com outras áreas do conhecimento. Com base nos estudos de Cuti, Florentina Souza, Jailma Moreira, Ana Rita Santiago e Eduardo Duarte, situamos a noção de literatura negra/afro-brasileira e destacamos a relevância das abordagens que visibilizam as vozes/linguagens das margens (HALL, 2005; hooks, 2019). Dentre estas, as referidas obras e respectivas fundamentações. À guisa da conclusão, refletimos acerca do impacto do padrão estético brancocêntrico (cabelos lisos ou alisados) para a re/constituição identitária das protagonistas culminando-se, por fim, com a “autorrecuperação” (hooks, 2019) e, por conseguinte, a reexistência. PALAVRAS-CHAVE: Memória. Cabelo crespo. Identidade. Narrativa afro-diaspórica. |