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A Espondilite Anquilosante (EA), popularmente conhecida como coluna em bambu, é uma doença inflamatória progressiva, de caráter autoimune, crônica, com forte correlação genética, caracterizada pela inflamação articular que pode resultar na calcificação patológica permanente que abrange os discos intervertebrais, causando uma fusão de vértebras, de modo que o movimento do indivíduo torna-se limitado, prejudicando sua qualidade de vida. O objetivo desse estudo foi relatar um achado anatômico lombossacral, encontrado em esqueletos humanos do laboratório de Anatomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), campus Toledo. Foram analisadas 18 ossadas provenientes do Cemitério Municipal de Cascavel-PR, preparadas através de osteotécnica. Entre essas peças, uma apresentou calcificação em sindesmófitos marginais simétricos entre a última vértebra torácica, as 5 vértebras lombares e o sacro, com aparente retificação do ângulo da lordose em relação à média, que corrobora EA. Essa doença, comumente ligada a presença do gene HLA-B27, acomete cerca de 1% da população, sendo mais prevalente em homens de descendência caucasiana entre 20 e 40 anos. Os primeiros sintomas incluem: dor e rigidez lombar, principalmente pela manhã e após períodos de inatividade. Embora o acometimento axial seja predominante, articulações periféricas também podem ser afetadas. A disseminação de informações pertinentes é fundamental para o diagnóstico precoce, melhorando significativamente o prognóstico, aprimorando a movimentação por fisioterapia, restabelecendo realização de tarefas e qualidade de vida do indivíduo, amenizando substancialmente a progressão da doença, ao diminuir a reação autoimune com utilização de fármacos. O achado exemplifica a alteração física mais frequentemente associada na EA e reforça a importância do estudo da anatomia para a melhor compreensão dos efeitos de dessa e os impactos sobre a vida de seus portadores. |