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A colocação de próteses traqueobrônquicas é uma técnica endoscópica essencial para o tratamento de patologia traqueobrônquica benigna ou maligna, tal como obstrução endoluminal, estenose e/ou fÃstula.Este estudo tem como objectivo avaliar as indicações, complicações e resultados da colocação de próteses traqueobrônquicas. Os autores efectuaram um estudo retrospectivo de processos clÃnicos e relatórios de broncoscopia de 71 doentes tratados com próteses, desde 1998 até Junho de 2003.A maioria (69%) dos doentes era do sexo masculino, com média de idades de 58 anos. Quarenta e dois por cento dos doentes eram provenientes de outros hospitais, dos restantes, 25% eram doentes de Pneumologia e 42% de outras especialidades. A patologia maligna foi a mais frequente (86%) nomeadamente a neoplasia do pulmão em 43% seguida da do esófago (36%). Dos doentes com patologia maligna, 29 tinham obstrução endoluminal, 17 compressão extrÃnseca e 11 ambas. A patologia benigna mais frequente foi a estenose traqueal pós-entubação (8 doentes). A técnica foi efectuada de forma programada em 79% dos doentes e emergente em 21%. Concomitantemente à colocação da prótese foram efectuados outros procedimentos endoscópicos em 42% dos doentes: laser em 24 e dilatação mecânica em 7. Foram colocadas 68 próteses de Dumon e 3 de Montgomery. A posição das próteses foi: 70% na traqueia, 8% traquebrônquica e 21% nos brônquios principais. As principais complicações foram: obstrução (maioria por crescimento tumoral) em 20 doentes (28%) e migração em 10 (14%). Doze doentes necessitaram de colocar uma prótese maior, 6 de efectuar laser adicional e 4 apenas de recolocação. Em 47 doentes o tempo médio decorrido entre a colocação da prótese e a última avaliação foi de 86 dias. Em 4 doentes esta técnica foi ineficaz. Em 6 doentes as próteses foram definitivamente removidas (melhoria/estabilização da lesão). Nos restantes, o objectivo a que se proponha esta terapêutica, paliação de sintomas de obstrução das vias aéreas, foi atingido. : Bronchoscopic stent insertion is an essential endoscopic technique for patients with benign or malignant tracheobronchial diseases such as obstruction, stenosis or fistulas.The aim of this study was to evaluate the indications, usefulness and complications of stent placement in the traqueobronchial tree. The authors made a retrospective analysis of clinical files and bronchoscopy reports of 71 patients treated with tracheobronquial stents between 1998 to June 2003.Most patients were male (69%), with an average age of 58 years. Forty two percent were external patients. Among the others only 25% were pneumologic patients. Most (86%) suffered from malignancy, specifically lung (43%) and esophageal (36%) cancer. Twenty-nine patients presented with endoluminal obstruction, 17 with extrinsic compression and 11 with both components. The most frequent benign lesion was pos- intubation tracheal stenosis in 8 patients. Twenty one percent of patients presented as an emergency and in 79% the technique was been scheduled. In 42% at the same time was performed: laser therapy in 24 and mechanical dilatation in 7 patients. A Dumon stent was used in 68 patients and a Montgomery in 3. The stent was placed in the trachea (70%), bronchus (21%) and in tracheobronchial position in 8%. Main complications were: obstruction (mostly by growth tumor) in 20 (28%) patients and migration in 10 (14%). Twelve patients needed a larger stent, 6 laser therapy and 4 reposition. The average time between stent insertion and the last observation was 86 days in 42 patients. In 4 patients the technique was useless and in 6 the stent was definitely removed (lesion improvement). In the remaining patients the goal of this therapy, which was the palliation of airway obstruction symptoms, was achieved successfully. Palavras-chave: próteses, traquebrônquicas, Key-words: Stents, Tracheobronchial |