Estudo da atitude e do conhecimento dos médicos não oncologistas em relação às medidas de prevenção e rastreamento do câncer Evaluation of non-oncologist physician's knowledge and attitude towards cancer screening and preventive actions

Autor: Luciana Tomanik Cardozo de Mello Tucunduva, Victor Hugo Lara Cardoso de Sá, Erika Tae Koshimura, Fernanda Vilas Boas Prudente, Andréa Felice dos Santos, Eliana Sueco Tibana Samano, Luciano José Megale Costa, Auro Del Giglio
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2004
Předmět:
Zdroj: Revista da Associação Médica Brasileira, Vol 50, Iss 3, Pp 257-262 (2004)
ISSN: 1806-9282
0104-4230
Popis: OBJETIVO: Avaliar o nível de informação e as atitudes preventivas em uso corrente pelos médicos ligados à FMABC. MÉTODOS: Foram entregues questionários para 120 médicos não oncologistas que lidam diretamente com pacientes adultos. RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 58,3%. A idade média dos médicos foi de 33,9 anos, sendo 57,1% mulheres e 10% tabagistas. As práticas preventivas para os cânceres mais comuns (mama, colo de útero, próstata, colorretal e pele não-melanoma) foram analisadas e comparadas com as recomendadas pelos consensos adotados (INCA, Sociedade Americana de Cancerologia e Força-Tarefa Canadense). Observou-se que a maioria das práticas (45,72% a 100%) não se adequou a nenhum deles. Sobre possíveis barreiras para o adequado exercício da prevenção do câncer, 82,86% considerou falta de agentes educadores em saúde para a população, 77,14% poucos conhecimento ou treinamento e 70,15% falta de verba para custear exames. Houve uma tendência ao excesso de pedidos de exames de rastreamento. CONCLUSÕES: As práticas preventivas utilizadas pelos médicos entrevistados são heterogêneas e, em sua maioria, não preconizadas pelos consensos de condutas preventivas consultados, o que pode ser relacionado tanto à sua falta de conhecimento em relação a estes consensos como às divergências entre eles. Dessa forma, faz-se necessário um esforço educativo enfatizando a importância da prevenção do câncer no aprendizado e na prática médica.BACKGOUND: New cancer cases are most often diagnosed by non-oncologist physicians. It is therefore essential for all physicians to be aware of cancer preventive practices and use them appropriately with their patients. METHODS: Questionnaires were administered to 120 non-oncologist physicians of various specialties attending the "Faculdade de Medicina do ABC" who deal directly with adult patients. Replies were collected and classified as appropriate or not according to one of these three cancer prevention guidelines: INCA, American Cancer Society and Canadian Task Force. RESULTS: The percentage of replied questionnaires was 58.3% (70 questionnaires). Mean age of physicians was 33.9 years; 57.1% were women and 10% smokers. Most of the current preventive practices adopted by the participating physicians (45.72% to 100%) regarding the most common and preventable tumors (breast, cervix, prostate, colon and rectum and non-melanoma skin cancer) did not agree with any of the guidelines mentioned above. When questioned about possible impediments for the appropriate practice of cancer prevention, 82.86% reported absence of health education agents working with the population, 77.14% scarceness of knowledge or training concerning prevention, and 70.15% lack of financial support for ordering tests. Frequently, whenever there was disagreement between the guidelines and the physician's current practices, preventive tests were ordered in excess of those recommended by the guidelines. CONCLUSIONS: Physicians had a tendency to order excessive laboratory tests, an action which can be related to lack of knowledge and to divergence among guidelines. A more intensive educational effort regarding cancer prevention, directed towards teaching physicians in training, seems to be warranted.
Databáze: OpenAIRE