Mortalidade e o tempo de internação em uma unidade de terapia intensiva cirúrgica Mortalidad y tiempo de internación en una unidad de terapia intensiva quirúrgica Mortality and length of stay in a surgical intensive care unit

Autor: Fernando José Abelha, Maria Ana Castro, Nuno Miguel Landeiro, Aida Maria Neves, Cristina Costa Santos
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2006
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol 56, Iss 1, Pp 34-45 (2006)
ISSN: 0034-7094
Popis: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em cuidados intensivos os resultados podem ser relacionados aos índices de mortalidade ou morbidade. Quando avaliada de forma isolada, a mortalidade é uma medida insuficiente do resultado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI); o tempo de internação pode ser uma medida indireta do resultado relacionado com a morbidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar a incidência e os fatores preditivos para mortalidade e tempo de internação dos pacientes admitidos numa UTI cirúrgica. MÉTODO: Participaram deste estudo prospectivo, realizado, entre abril e julho de 2004, todos os 185 pacientes submetidos a procedimentos programados ou de emergência, admitidos numa UTI cirúrgica. Foram registrados os seguintes parâmetros: idade, sexo, altura e peso, temperatura central estado físico segundo a ASA, tipo de intervenção cirúrgica, porte cirúrgico, técnica anestésica, quantidade e qualidade de fluídos administrados durante a anestesia, monitorização da temperatura ou de técnica de aquecimento corporal peri-operatório, duração da anestesia, tempo de permanência na UTI e no hospital e escore SAPS II. RESULTADOS: O tempo médio de internação na UTI foi de 4,09 ± 10,23 dias. Fatores de risco significativos para permanências mais prolongadas na UTI foram o valor do escore SAPS II, estado físico ASA, quantidade administrada, durante a intervenção cirúrgica, de colóides, unidades de plasma fresco e unidades de concentrados de hemáceas. Quatorze pacientes (7,60%) morreram durante a internação na UTI e 29 (15,70%) morreram durante a internação hospitalar. Fatores de risco independentes de mortalidade com diferença estatística significativa foram intervenções cirúrgicas de emergência, de grande porte, escores altos SAPS II, permanência prolongada na UTI e no hospital. Fatores protetores com diferença estatística significativa para risco de morte hospitalar foram baixo peso corporal e baixo índice de massa corporal (IMC). CONCLUSÕES: As internações prolongadas em UTI são mais freqüentes nos pacientes mais graves à admissão e estão associadas às maiores mortalidades hospitalares. A mortalidade hospitalar é também mais freqüente em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas de emergência ou de grande porte.JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: En cuidados intensivos los resultados pueden ser relacionados con índices de mortalidad o morbilidad. Cuando se evalúa de forma aislada, la mortalidad es una medida insuficiente de los resultados de una Unidad de Terapia Intensiva (UTI); el tiempo de internación puede ser una medida indirecta de resultados relacionados con la morbilidad. El objetivo del presente estudio fue evaluar la incidencia y los factores predictivos para mortalidad y tiempo de internación de los pacientes admitidos en una UTI quirúrgica. MÉTODO: Participaron en este estudio prospectivo, realizado entre abril y julio de 2004, todos los 185 pacientes sometidos a procedimientos programados o de emergencia, admitidos en la UTI quirúrgica. Fueron registrados los siguientes parámetros: edad, sexo, altura y peso, temperatura central, estado físico según la ASA, tipo de intervención quirúrgica, porte quirúrgico, técnica anestésica, cantidad y calidad de fluidos administrados durante la anestesia, monitorización de la temperatura o la técnica de calentamiento corporal perioperatorio, duración de la anestesia, tiempo de permanencia en la UTI y en el hospital y escore SAPS II. RESULTADOS: El tiempo medio de internación en la UTI fue de 4,09 ± 10,23 días. Factores de riesgo significativos para permanencia más prolongada en la UTI fueron el valor del escore SAPS II, estado físico ASA, cantidad de coloides administrada durante la intervención quirúrgica, unidades de plasma fresco y unidades de concentrados de hematíes. Catorce pacientes (7,60%) murieron durante la internación en la UTI y otros 29 (15,70%) murieron durante la internación hospitalar. Factores de riesgo independientes de mortalidad con diferencia estadística significativa fueron intervenciones quirúrgicas de emergencia, de gran porte, escores altos SAPS II, permanencia prolongada en la UTI y en el hospital . Factores protectores con diferencia estadística significativa para riesgo de muerte hospitalar fueron bajo peso corporal y bajo índice de masa corporal (IMC). CONCLUSIONES: Las internaciones prolongadas en UTI son más frecuentes en los pacientes más graves en el momento de la admisión y están asociadas a mayor mortalidad hospitalar. La mortalidad hospitalar es también más frecuente en pacientes sometidos a intervenciones quirúrgicas de emergencia o de porte mayor.BACKGROUND AND OBJECTIVES: Outcome in intensive care can be categorized as mortality related or morbidity related. Mortality is an insufficient measure of ICU outcome when measured alone and length of stay may be seen as an indirect measure of morbidity related outcome. The aim of the present study was to estimate the incidence and predictive factors for intrahospitalar outcome measured by mortality and LOS in patients admitted to a surgical ICU. METHODS: In this prospective study all 185 patients, who underwent scheduled or emergency surgery admitted to a surgical ICU in a large tertiary university medical center performed during April and July 2004, were eligible to the study. The following variables were recorded: age, sex, body weight and height, core temperature (Tc), ASA physical status, emergency or scheduled surgery, magnitude of surgical procedure, anesthesia technique, amount of fluids during anesthesia, use of temperature monitoring and warming techniques, duration of the anesthesia, length of stay in ICU and in the hospital and SAPS II score. RESULTS: The mean length of stay in the ICU was 4.09 ± 10.23 days. Significant risk factors for staying longer in ICU were SAPS II, ASA physical status, amount of colloids, fresh frozen plasma units and packed erythrocytes units used during surgery. Fourteen (7.60%) patients died in ICU and 29 (15.70%) died during their hospitalization. Statistically significant independent risk factors for mortality were emergency surgery, major surgery, high SAPS II scores, longer stay in ICU and in the hospital. Statistically significant protective factors against the probability of dying in the hospital were low body weight and low BMI. CONCLUSIONS: In conclusion, prolonged ICU stay is more frequent in more severely ill patients at admission and it is associated with higher hospital mortality. Hospital mortality is also more frequent in patients submitted to emergent and major surgery.
Databáze: OpenAIRE