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BACKGROUND: Sickle cell disease is a prevalent condition in Brazil. Its clinical presentation includes vascular occlusion that result in ischemia, inflammation, dysfunctions, pain and chronic hemolysis, causing irreversible damage and compromising quality of life. OBJECTIVE: The objectives of this study were to verify the relationship between musculoskeletal pain, from different body parts, with social economic characteristics and quality of life among individuals with sickle cell disease. METHODS: 27 individuals with sickle cell disease were interviewed with the use of a structured questionnaire with questions about personal, social, economic and cultural variables, the Nordic musculoskeletal symptoms questionnaire and the SF-36 Health Survey. Data were analyzed descriptively using frequencies and percentages. The inferential Chi-Square test was used for dichotomous variables and the Student t- test for continuous variables, with a significance of 5%. A logistic regression was performed using all variables that correlated with pain as dependent variables. RESULTS: The mean age was 31.77 years, predominantly male, black, registered active employment, with average education and income up to three minimum wages. The regions most affected by pain were hip/limbs, chest, lower back and arms. Physical Functioning from the SF-36 had the highest score and mental health the lowest score. Musculoskeletal pain was present in the arms, chest and lower back. Social Functioning was not associated with pain, indicating the influence of other factors. Arm pain was more frequent in black individuals and those with low education. CONCLUSION: Body pain was associated with race and education and all pain areas were associated with the physical components of the SF-36. Pain was significantly associated with vitality and mental health components of the SF-36.CONTEXTUALIZAÇÃO: As doenças falciformes constituem um grupo frequente no Brasil. Suas alterações ocasionam vaso-oclusão, resultando em isquemia, inflamação, disfunções, dor e hemólise crônica, gerando danos irreversíveis, comprometendo a qualidade de vida. OBJETIVO: Verificar a relação entre a dor osteomuscular, considerando sua localização corporal, e características sociais, econômicas e de qualidade de vida em indivíduos com doença falciforme. MÉTODOS: Foram coletadas informações pessoais, sociais e econômicas, além de dados do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e Short Form 36 em 27 indivíduos. Os dados foram analisados descritivamente por meio de frequências e porcentagens. A análise inferencial usou o teste do qui-quadrado (variáveis dicotômicas) e t de Student (variáveis contínuas), com significância de 5%. Análises de regressão logística utilizaram como variáveis dependentes cada uma das que se relacionaram com dor. RESULTADOS: A média de idade foi de 31,77 anos, predominando sexo masculino, negros, emprego ativo, escolaridade média e rendimento inferior a três salários mínimos. Quadril/membros inferiores, região dorsal, lombar e braços foram mais acometidos pela dor. A capacidade funcional apresentou o maior valor, e saúde mental, o menor. Aspectos físicos foram comprometidos pela dor nos braços, coluna dorsal e lombar. Aspectos sociais não se associaram com a dor, indicando influência de outros fatores. A dor nos braços foi mais frequente entre os negros e os com baixa escolaridade. CONCLUSÃO: A dor nas regiões corporais analisadas relacionou-se com a raça e a escolaridade e com todos os domínios referentes ao componente físico do SF-36. Os componentes vitalidade e saúde mental apresentaram associação significativa com a dor. |