Popis: |
CONTEXTUALIZAÇÃO: As complicações respiratórias são as principais causas de aumento da morbidade e da mortalidade em indivíduos submetidos à cirurgia de andar superior do abdômen. A eficácia dos procedimentos fisioterapêuticos precisa ser melhor definida, assim como é necessário o conhecimento da melhor estratégia terapêutica a ser implementada. OBJETIVO: Comparar o volume inspiratório mobilizado durante a técnica de breath stacking, com o volume na inspirometria de incentivo em pacientes submetidos à cirurgia abdominal. MATERIAIS E MÉTODOS: Doze pacientes, no primeiro dia de pós-operatório, foram orientados a inspirar profundamente por meio do inspirômetro de incentivo Voldyne® e a realizar esforços inspiratórios sucessivos pela máscara facial adaptada para realização da manobra de breath stacking. Cada técnica foi realizada cinco vezes de acordo com a randomização. No período pré-operatório, os pacientes realizaram prova espirométrica, foram avaliados e instruídos quanto à realização das técnicas. Um ventilômetro de Wright® permitiu o registro da capacidade inspiratória. RESULTADOS: A capacidade inspiratória foi significativamente maior durante o breath stacking do que durante a inspirometria de incentivo, tanto no pré quanto no pós-operatório. Houve redução significativa dos volumes após o procedimento cirúrgico, independentemente da técnica realizada. CONCLUSÕES: A técnica de breath stacking mostrou-se eficaz e superior à inspirometria de incentivo para a geração e sustentação de volumes inspiratórios. Por não haver descrição de efeitos adversos, essa técnica pode, provavelmente, ser utilizada de forma segura e eficaz, principalmente em pacientes pouco cooperativos.BACKGROUND: Respiratory complications are the main causes of increased morbidity and mortality in individuals who undergo upper abdominal surgery. The efficacy of physical therapy procedures needs clarification, and it is necessary to know which therapeutic approaches are the best ones to implement. OBJECTIVE: To compare the inspiratory volume during the breath stacking maneuver with the volume during incentive spirometry, in abdominal surgery patients. METHODS: Twelve patients, on their first postoperative day, were instructed to take a deep breath through the VoldyneTM incentive spirometer and to make successive inspiratory efforts using a facemask that had been adapted for performing the breath stacking maneuver. Each technique was performed five times according to the randomization. Before the operation, the patients performed a spirometric test. They were also assessed and instructed about the procedures. A WrightTM ventilometer allowed inspiratory capacity to be recorded. RESULTS: The inspiratory capacity during breath stacking was significantly higher than during incentive spirometry, both before and after the operation. There was a significant reduction in volumes after the surgical procedure, independent of the technique performed. CONCLUSIONS: The breath stacking technique was shown to be effective. This technique was better than incentive spirometry for generating and sustaining inspiratory volumes. Since no adverse effects have been described, this technique can probably be used safely and effectively, particularly in uncooperative patients. |