Música e antropologia em dois ícones da modernidade

Autor: Trajano Filho, Wilson
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 315-330
Anuário Antropológico; Vol. 22 Núm. 1 (1998): Anuário Antropológico; 315-330
Anuário Antropológico; v. 22 n. 1 (1998): Anuário Antropológico; 315-330
Anuário Antropológico
Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
ISSN: 0102-4302
2357-738X
Popis: Elizabeth Travassos propõe em seu livro examinar a delicada relação entre a reflexão estética e os trabalhos fundados na coleta de canções populares desenvolvidos por dois autores que, originários da periferia do mundo europeu (Brasil e Hungria), se tomaram ícones da modernidade: Mário de Andrade e Béla Bartók. Verdadeiros sujeitos ativos de seu tempo, os dois foram, cada um a seu modo, seres multifacetados e profundamente complexos. Poeta e romancista com ativa participação na instauração da modernidade artística no Brasil, Mário de Andrade também se envolveu com o estudo da música popular. Intricado personagem que abrigava trezentas faces em uma sofisticada unidade, o escritor brasileiro vivenciou poeticamente as perplexidades do teórico da arte dividido entre uma perspectiva excessivamente lírica, resultante da concepção de arte como uma forma de expressão da interioridade e um ponto de vista que valoriza o primado da técnica, o estudo sério das tradições e a consciência da sociedade (Travassos 1997: 44). Foi ambivalente sobre o artista virtuoso e ambíguo com respeito à democratização da arte culta (: 90). Oscilou, no que toca a evolução das artes, entre um universalismo cultural, sob a forma de um primitivismo genérico, e um particularismo étnico-lingüístico- cultural (: 199).
Databáze: OpenAIRE