Gestão dos recursos hídricos em Moçambique: Gaza – rio Limpopo
Autor: | Milhano, Ana Paula Ferreira Ribeiro da Costa |
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Přispěvatelé: | Dias, Eduardo Costa |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2008 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)-FCT-Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
Popis: | A água é um recurso escasso e circulante, pelo que o seu uso em determinado local condiciona o que dela poderão fazer noutros lugares. O modo com cada país gere os recursos tem implicações nos índices de pobreza, na distribuição de oportunidades de vida e, por isso, no desenvolvimento humano. Moçambique é frequentemente sujeito a ciclos de abundância de água, associados a cheias, que alternam com períodos de défice, que conduzem a secas. A sua localização geográfica, para além de determinar a influência climática que conduz à existência de zonas semi-áridas, coloca ainda o país a jusante dos principais rios, que nascem em países vizinhos, dificultando a gestão dos recursos hídricos. A Bacia Hidrográfica do Limpopo, um dos grandes rios de África, situado no Sul do país, é uma das mais vulneráveis, devido a, por um lado, às condições climáticas muito particulares da região, mas também em consequência da gestão da água que é feita no troço a montante, pelo que se verifica uma grande variabilidade entre os anos. Os baixos coeficientes de escoamento, a grande intrusão salina, a baixa capacidade de retenção de água no solo e a elevada taxa de evaporação, associado a um padrão climático em mudança e à actividade humana (nomeadamente às alterações das práticas agrícolas e florestais, enquadradas num cenário de desertificação e desflorestação), aumentam o risco de vulnerabilidade à fome e à pobreza. A necessária consciencialização da necessidade de prevenção, preparação e mitigação dos desastres naturais, num cenário de pobreza com inúmeras prioridades, só fará sentido se enquadrado num cenário de acção concertada internacional. Water is a scarce enclosing resource, thus its use, in a given location, determines what it can do elsewhere. The approach that each country performs, in what concerns the management of the resources, has implications in the poverty indices, in the distribution of life opportunities and consequently, in the human development. Mozambique is often subjected to cycles of water abundance, associated with floods, which alternate with deficit periods leading to droughts. Its geographical location, not only determines the climate influence that leads to the existence of semi-arid areas, but it also places the country in the downstream of the major rivers (that were born in the neighbouring countries), making it difficult to manage the water resources. The Limpopo River Basin is one of the biggest rivers of Africa and it is located in the south. It is considered to be one of the most vulnerable river basins, and that fact is due, not only to the particular climate conditions in the region, but also to the water management that is made in the upstream section. Therefore, there is a huge variability between the years. The low flow coefficients, the vast saltpan intrusion, the low water retention capacity of the soil and the high rate of evaporation, associated with a default on climate change and human activity (mainly in what concerns the agricultural and forestry practices, framed into a desertification and deforestation scenario), increase the risk of hunger and poverty vulnerability. The necessary awareness for prevention, preparation and natural disasters mitigation, in a poverty scenario with many priorities, will only make sense if framed into a concerted international action setting. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |