O Marcelismo e a Fase Final da Guerra em África (1968-1974)

Autor: SILVA, JOÃO CARLOS LOURENÇO E
Přispěvatelé: Velez, Rui Manuel Proença Bonita, Gouveia, Humberto Miguel Rodrigues
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)-FCT-Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
Popis: O trabalho por nós desenvolvido pretende caracterizar a política de defesa praticada por Marcelo Caetano enquanto Chefe do Governo português, no período entre 1968 e 1974, através do estudo da ação governativa perante o desenvolvimento dos acontecimentos em África. Ao mesmo tempo foi nosso objetivo estudar a política de defesa do seu antecessor, Oliveira Salazar, de modo a que fosse possível construir pontos de rutura ou de continuidade entre as duas linhas de ação política praticadas por estes dois líderes políticos, em períodos diferentes, mas contíguos. O trabalho foi desenvolvido segundo o método histórico, procurando enfatizar a problemática em questão, abordando os acontecimentos de uma forma diacrónica e sincrónica, bem definidos na linha temporal de modo a que nos fosse possível desenvolver a caracterização da política de defesa de Marcello Caetano, orientada por um rigoroso e criterioso quadro conceptual. A principal conclusão deste trabalho reside na definição da política de defesa Marcelista, enquanto uma continuação, uma evolução ou uma rutura, face à política de defesa Salazarista. Com os primórdios da governação de Caetano, a serem pautados por uma aparente “abertura”, começou-se a acreditar que este traria novas políticas e novas ideias, rompendo com o que vinha a ser feito até então pelo seu antecessor. Caetano, ao mesmo tempo, deixou claro que iria considerar todo o trabalho herdado, mas não descartando a hipótese de uma certa evolução em determinadas políticas, na qual se inseria a política de defesa. Com o avançar do tempo, e com o aumento das dificuldades governativas a nível interno e a nível da guerra colonial, a incerteza instalou-se e, consequentemente, os traços de proximidade à política anteriormente conduzida por Salazar, tornaram-se evidentes. Assim sendo, a política de defesa de Caetano pode-se caracterizar como sendo uma continuidade da política de defesa de Salazar, verificando-se, no entanto, uma tentativa de evolução em certos referenciais políticos do regime. Contudo, mesmo que inicialmente, e em determinados momentos, pudesse ser associada a uma certa evolução, na prática, esse tal efeito evolutivo nunca se viria a concretizar.
Databáze: OpenAIRE