Eventos adversos durante transporte intra-hospitalar de pacientes críticos em hospital de grande porte

Autor: Veiga, Viviane Cordeiro, Postalli, Natalia Fioravanti, Alvarisa, Thais Kawagoe, Travassos, Phillipe Pereira, Vale, Raquel Telles da Silva, Oliveira, Cleyton Zanardo de, Rojas, Salomón Soriano Ordinola
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.31 n.1 2019
Revista brasileira de terapia intensiva
Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Issue: ahead, Published: 28 FEB 2019
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Vol 31, Iss 1, Pp 15-20 (2019)
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Volume: 31, Issue: 1, Pages: 15-20, Published: 28 FEB 2019
Popis: RESUMO Objetivo: Descrever a incidência de eventos clínicos e não clínicos durante o transporte intra-hospitalar de pacientes críticos e analisar os fatores de risco associados. Métodos: Estudo de coorte, com coleta retrospectiva, no período de outubro de 2016 a outubro de 2017, tendo sido analisados todos os transportes intra-hospitalares para fins diagnósticos e terapêuticos em hospital de grande porte, que contava com seis unidades de terapia intensiva adulto, sendo avaliados os eventos adversos e os fatores de risco relacionados. Resultados: No período, foram realizados 1.559 transportes intra-hospitalares, em 1.348 pacientes, com média de idade de 66 ± 17 anos, tempo médio de transporte de 43 ± 34 minutos. Durante o transporte, 19,8% dos pacientes estavam em uso de drogas vasoativas; 13,7% em uso de sedativos e 10,6% estavam sob ventilação mecânica. Eventos clínicos ocorreram em 117 transportes (7,5%) e não clínicos em 125 transportes (8,0%). Falhas de comunicação foram prevalentes, no entanto, aplicando-se análise multivariada, uso de sedativos, noradrenalina e nitroprussiato, e o tempo de transporte maior que 36,5 minutos estiveram associados a eventos adversos clínicos. Uso de dobutamina e tempo de transporte superior a 36,5 minutos estiveram associados a eventos não clínicos. Ao final do transporte, 98,1% dos pacientes apresentaram condições clínicas inalteradas em relação ao seu estado basal. Conclusão: Transportes intra-hospitalares estão relacionados à alta incidência de eventos adversos; o tempo de transporte e a utilização de sedativos e drogas vasoativas estiveram relacionados a esses eventos. ABSTRACT Objective: To describe the incidence of clinical and non-clinical events during intrahospital transport of critically ill patients and to analyze the associated risk factors. Methods: Cohort study with retrospective data collected from October 2016 to October 2017. All cases of intrahospital transport for diagnostic and therapeutic purposes in a large hospital with six adult intensive care units were analyzed, and the adverse events and related risk factors were evaluated. Results: During the study period, 1,559 intrahospital transports were performed with 1,348 patients, with a mean age of 66 ± 17 years and a mean transport time of 43 ± 34 minutes. During transport, 19.8% of the patients were using vasoactive drugs; 13.7% were under sedation; and 10.6% were under mechanical ventilation. Clinical events occurred in 117 transports (7.5%), and non-clinical events occurred in 125 (8.0%) transports. Communication failures were prevalent; however, the multivariate analysis showed that the use of sedatives, noradrenaline and nitroprusside and a transport time greater than 36.5 minutes were associated with adverse clinical events. The use of dobutamine and a transport time greater than 36.5 minutes were associated with non-clinical events. At the end of transport, 98.1% of the patients presented unchanged clinical conditions compared with baseline. Conclusion: Intrahospital transport is related to a high incidence of adverse events, and transport time and the use of sedatives and vasoactive drugs were related to these events.
Databáze: OpenAIRE