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Objetivos: Neste artigo, pretendemos compartilhar nossa perspectiva em relação a como a simulação pode ajudar a transformar a realidade, construindo um ambiente seguro em que os facilitadores das sessões de simulação sejam os modelos em que os estudantes podem se espelhar para desenvolver competência emocional. Vale ressaltar que reconhecer e dar legitimidade às emoções é passo essencial para a criação de um ambiente seguro para os estudantes. Também pretendemos reforçar como os programas de capacitação docente são fundamentais para garantir que os facilitadores estarão preparados para atingir esse novo objetivo de aprendizagem, e como contextos culturais diferentes podem influenciar esse processo. Métodos: Nesta revisão narrativa, nos concentraremos na importância das emoções. Emoções no contexto da aprendizagem, mas também emoções dos aprendizes do ponto de vista dos professores, e emoções dos professores no contexto do desenvolvimento do corpo docente. Resultados: A simulação está se tornando cada vez mais importante na educação médica. Os avanços tecnológicos permitem simular praticamente qualquer situação, com alta fidelidade e realidade. Isso cria a possibilidade de trazer a complexidade de situações clínicas reais para um ambiente simulado e controlado. Ao executar essas simulações de alta complexidade, os estudantes experimentam várias e diferentes emoções: as emoções dos pacientes e de suas famílias, as emoções dos membros da equipe, e as suas próprias emoções, como estudantes e como futuros profissionais da saúde. Infelizmente, a grade curricular formal da maioria das escolas médicas não aborda especificamente a importância de desenvolver competência emocional, e os estudantes acabam com a impressão geral de que as emoções são basicamente negativas, e que devem ser evitadas e mantidas a uma distância de segurança No entanto, vários estudos mostram como as emoções influenciam o aprendizado e a tomada de decisões, e como é importante estar consciente delas e modulá-las de uma forma que garanta a salvaguarda dos interesses dos pacientes. Conclusões: As emoções afetam diretamente várias dimensões do trabalho clínico, como comunicação, tomada de decisão, trabalho em equipe e liderança. Esperamos que tratar das emoções como meta natural das atividades de aprendizagem nas profissões da saúde oportunize catalisar a reconciliação entre os aspectos técnicos e emocionais da prática clínica |