Epidemiologia e desfecho dos pacientes de alto risco cirúrgico admitidos em unidades de terapia intensiva no Brasil

Autor: Silva Júnior,João Manoel, Chaves,Renato Carneiro de Freitas, Corrêa,Thiago Domingos, Assunção,Murillo Santucci Cesar de, Katayama,Henrique Tadashi, Bosso,Fabio Eduardo, Amendola,Cristina Prata, Serpa Neto,Ary, Malbouisson,Luiz Marcelo Sá, Oliveira,Neymar Elias de, Veiga,Viviane Cordeiro, Rojas,Salomón Soriano Ordinola, Postalli,Natalia Fioravante, Alvarisa,Thais Kawagoe, Lucena,Bruno Melo Nobrega de, Oliveira,Raphael Augusto Gomes de, Sanches,Luciana Coelho, Silva,Ulysses Vasconcellos de Andrade e, Nassar Junior,Antonio Paulo, Réa-Neto,Álvaro, Amaral,Alexandre, Teles,José Mário, Freitas,Flávio Geraldo Rezende de, Bafi,Antônio Tonete, Pacheco,Eduardo Souza, Ramos,Fernando José, Vieira Júnior,José Mauro, Pereira,Maria Augusta Santos Rahe, Schwerz,Fábio Sartori, Menezes,Giovanna Padoa de, Magalhães,Danielle Dourado, Castro,Cristine Pilati Pileggi, Henrich,Sabrina Frighetto, Toledo,Diogo Oliveira, Parra,Bruna Fernanda Camargo Silva, Dias,Fernando Suparregui, Zerman,Luiza, Formolo,Fernanda, Nobrega,Marciano de Sousa, Piras,Claudio, Piras,Stéphanie de Barros, Conti,Rodrigo, Bittencourt,Paulo Lisboa, D’Oliveira,Ricardo Azevedo Cruz, Estrela,André Ricardo de Oliveira, Oliveira,Mirella Cristine de, Reese,Fernanda Baeumle, Motta Júnior,Jarbas da Silva, Câmara,Bruna Martins Dzivielevski da, David-João,Paula Geraldes, Tannous,Luana Alves, Chaiben,Viviane Bernardes de Oliveira, Miranda,Lorena Macedo Araújo, Brasil,José Arthur dos Santos, Deucher,Rafael Alexandre de Oliveira, Ferreira,Marcos Henrique Borges, Vilela,Denner Luiz, Almeida,Guilherme Cincinato de, Nedel,Wagner Luis, Passos,Matheus Golenia dos, Marin,Luiz Gustavo, Oliveira Filho,Wilson de, Coutinho,Raoni Machado, Oliveira,Michele Cristina Lima de, Friedman,Gilberto, Meregalli,André, Höher,Jorge Amilton, Soares,Afonso José Celente, Lobo,Suzana Margareth Ajeje
Jazyk: angličtina
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.32 n.1 2020
Revista brasileira de terapia intensiva
Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
Popis: RESUMO Objetivo: Definir o perfil epidemiológico e os principais determinantes de morbimortalidade dos pacientes cirúrgicos não cardíacos de alto risco no Brasil. Métodos: Estudo prospectivo, observacional e multicêntrico. Todos os pacientes cirúrgicos não cardíacos admitidos nas unidades de terapia intensiva, ou seja, considerados de alto risco, no período de 1 mês, foram avaliados e acompanhados diariamente por, no máximo, 7 dias na unidade de terapia intensiva, para determinação de complicações. As taxas de mortalidade em 28 dias de pós-operatório, na unidade de terapia intensiva e hospitalar foram avaliadas. Resultados: Participaram 29 unidades de terapia intensiva onde foram realizadas cirurgias em 25.500 pacientes, dos quais 904 (3,5%) de alto risco (intervalo de confiança de 95% - IC95% 3,3% - 3,8%), tendo sido incluídos no estudo. Dos pacientes envolvidos, 48,3% eram de unidades de terapia intensiva privadas e 51,7% de públicas. O tempo de internação na unidade de terapia intensiva foi de 2,0 (1,0 - 4,0) dias e hospitalar de 9,5 (5,4 - 18,6) dias. As taxas de complicações foram 29,9% (IC95% 26,4 - 33,7) e mortalidade em 28 dias pós-cirurgia 9,6% (IC95% 7,4 - 12,1). Os fatores independentes de risco para complicações foram Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3; razão de chance − RC = 1,02; IC95% 1,01 - 1,03) e Sequential Organ Failure Assessment Score (SOFA) da admissão na unidade de terapia intensiva (RC =1,17; IC95% 1,09 - 1,25), tempo de cirurgia (RC = 1,001; IC95% 1,000 - 1,002) e cirurgias de emergências (RC = 1,93; IC95% 1,10 - 3,38). Em adição, foram associados com mortalidade em 28 dias idade (RC = 1,032; IC95% 1,011 - 1,052) SAPS 3 (RC = 1,041; IC95% 1,107 - 1,279), SOFA (RC = 1,175; IC95% 1,069 - 1,292) e cirurgias emergenciais (RC = 2,509; IC95% 1,040 - 6,051). Conclusão: Pacientes com escores prognósticos mais elevados, idosos, tempo cirúrgico e cirurgias emergenciais estiveram fortemente associados a maior mortalidade em 28 dias e mais complicações durante permanência em unidade de terapia intensiva.
Databáze: OpenAIRE