Influência da utilização de protetores bucais na capacidade aeróbia de atletas portadores de aparelho ortodôntico fixo
Autor: | Rodrigues, Ana Carolina |
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Přispěvatelé: | Pereira, Sónia Margarida Alves, Gonçalves, Ana Teresa Corte Real |
Jazyk: | angličtina |
Rok vydání: | 2016 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instacron:RCAAP |
Popis: | Trabalho final do 5º ano com vista à atribuição do grau de mestre no âmbito do ciclo de estudos de Mestrado Integrado em Medicina Dentária apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Introduction: Sporting activities are frequently associated with the occurrence of orofacial trauma. Currently, the improvement of mouthguards as devices designed to prevent this public health problem especially in high impact sports has been noticed. Studies have been made in order to infer if mouthguards’ usage interferes with functional aspects during competition. Focus on the awareness of athletes and community about risks, prevention and recommendations of these devices in each sport is needed to reduce this type of injuries. Aim: The aim of this study was to evaluate the influence of mouthguards on aerobic performance capacity of under-18 athletes undergoing orthodontic treatment with custom-made mouthguard using the Luc-Léger test; a secondary aim was also to evaluate athletes’ knowledge about mouthguards and functional differences experienced by them while its usage. Materials and Methods: Out of a total of one hundred thirty-nine convoked athletes, seventy three had interest in participating in this study. The final sample was constituted by sixty players from local rugby and basketball team clubs. Athlete’s knowledge regarding mouthguards usage and protection during sport activities were assessed through an initial questionnaire. Subjects were divided into two groups, experimental and control group. Difference between groups is related to having or not fixed orthodontic appliances. The aerobic capacity was compared with the values of maximum oxygen uptake using the Luc-Léger test twice, with and without wearing a custom-made mouthguard. A second questionnaire assessing athlete’s satisfaction and difficulties during the exercise with mouthguard was delivered in the end of the 20-meter shuttle-run tests using a visual analogue scale. Standard descriptive techniques and also statistical tests such as student-t test were employed to evaluate differences between groups. Results: Wearing custom-made mouthguards does not influence the aerobic capacity of athletes undergoing orthodontic treatment nor athletes without using fixed orthodontic appliances. Only 23.3% referred to use this devices during training and competition, being boil-and-bite type mentioned as the preference. Of the eight parameters measured in the visual analogue scale questionnaire the highest mean value scored was stability. Speaking was the functional aspect presenting lowest acceptance with the use of mouthguard. Conclusion: There are no differences in aerobic capacity of under-18 athletes without intra-oral appliances with those undergoing orthodontic treatment during custom-made mouthguards’ usage. Strategies should be created to raise awareness among players, coaches, parents and community about risks involving oral trauma’s high prevalence in contact sports. Recommendations for enhanced protection should also be given by dentists to decrease the occurrence of this type of injuries. Introdução: A prática desportiva está frequentemente associada à ocorrência de trauma oro-facial. Recentemente, o desenvolvimento de protetores bucais como dispositivos desenhados para prevenir este problema de saúde pública têm-se verificado, sobretudo para a utilização em desportos considerados de elevado risco. Têm sido desenvolvidos vários estudos com o objetivo de avaliar possíveis interferências dos protetores com aspetos funcionais durante a atividade física. É cada vez mais necessário promover o conhecimento de atletas e da comunidade relativamente a riscos, prevenção e recomendações para estes dispositivos em cada desporto, de forma a reduzir o número de lesões deste tipo. Objetivos: O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a influência dos protetores bucais na capacidade aeróbia de atletas Sub-18 portadores de aparelho ortodôntico fixo utilizando o teste de Luc-Léger. Como objetivos secundários, pretendeu-se avaliar o conhecimento dos atletas sobre estes dispositivos e perceber possíveis dificuldades durante a sua utilização. Materiais e Métodos: De um total de cento e trinta e nove atletas convocados para o estudo, apenas setenta e três se demonstraram interessados. Dentro desta amostra, participaram na totalidade deste estudo sessenta atletas pertencentes a clubes de rugby e basquetebol locais. Avaliou-se o conhecimento dos atletas sobre o uso de protetores bucais no desporto através de um questionário inicial. Os atletas foram distribuídos em dois grupos, grupo experimental e controlo, consoante apresentassem ou não aparelho ortodôntico fixo, respetivamente. A análise respetiva à capacidade aeróbia foi executada através da comparação entre os valores de consumo máximo de oxigénio resultantes da realização do teste de Luc-Léger duas vezes, com e sem protetor bucal em boca. Foi realizado um segundo questionário utilizando a escala analógica visual para avaliar a aceitação e possíveis dificuldades sentidas com a utilização do protetor por parte dos atletas durante o exercício de corrida de 20 metros. Foram utilizadas técnicas descritivas e testes estatísticos, como o teste t de student, para avaliação das possíveis diferenças entre grupos. Resultados: A utilização de protetores bucais individualizados não influencia a capacidade aeróbia de atletas com ou sem aparelho ortodôntico fixo. Apenas 23.3% referem utilizar protetores durante a atividade física, como treino e/ou competição, sendo o tipo "boil and bite" mencionado como preferido. Dos oito parâmetros avaliados através do segundo questionário distribuído o valor atribuído ao protetor como mais aceitável foi o correspondente à estabilidade. A interferência do protetor com a comunicação foi a mais referida pelos atletas, apresentando o menor valor de atribuição na escala. Conclusão: Não existem diferenças na capacidade aeróbia de atletas sub-18 com e sem aparelho ortodôntico fixo durante o uso de protetores bucais individualizados. Devem desenvolver-se estratégias para consciencializar jogadores, treinadores, pais e a restante comunidade para riscos que envolvem a elevada prevalência de trauma oral em desportos de contacto. Os médicos dentistas deverão igualmente promover recomendações sobre o melhor tipo de proteção a usar de forma a diminuir a ocorrência de lesões deste tipo. |
Databáze: | OpenAIRE |
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