Infecção congénita por citomegalovírus: Importante causa de surdez neurossensorial adquirida

Autor: Menezes Peres, Marco, Barbosa, Leonel, Decq Motta, Sofia, Moura, Ivo, Guimarães, Ana, Freire, Filipe
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Portuguese Journal of Otorhinolaryngology and Head and Neck Surgery; Vol. 54 No. 3 (2016): Setembro; 175-179
Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Vol. 54 Núm. 3 (2016): Setembro; 175-179
Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço; v. 54 n. 3 (2016): Setembro; 175-179
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instacron:RCAAP
ISSN: 2184-6499
Popis: Introduction: Cytomegalovirus is the most common cause of congenital viral infection, being also a leading nonhereditary cause of sensorineural hearing loss.Material and methods: From 2010 to 2014, patients with congenital cytomegalovirus infection were retrospectively analysed, in a single hospital centre.Results: During the study period, 15 396 births were identified in our centre with 15 children (0,1%) meeting the inclusion criterion for the diagnosis of congenital CMV infection. From the baseline characteristics of the population we observed 53% male new borns (NB), with a mean gestational period of 34±5.1 weeks, 20% of premature births and 26% of NB with a very-low birth weight (≤1500g). A primary CMV infection was found in 75% of patients and 26% were co-infected with HIV type 1 virus. In this cohort, 26.7% of NB presented with a certain degree of hearing loss, with 13% of NB developing late hearing loss.Conclusions: Congenital CMV infection can only be reliably diagnosed in the first three weeks of life. Furthermore, the deficiency of new-born CMV screening programs, and lack of standard definition for symptomatic infection during pregnancy and the neonatal period, the rigorous prevalence of congenital CMV infection and burden of CMV related SNHL are challenging to estimate. Introdução: A infecção congénita por citomegalovírus (CMV) é a causa mais frequente de infecção viral congénita, sendo igualmente causa major de surdez neurossensorial adquirida.Material e métodos: Analisaram-se retrospectivamente os doentes diagnosticados com infecção congénita por CMV, de 2010 a 2014, num único centro hospitalar.Resultados: Durante o período do estudo, foram registados 15 396 nascimentos no referido centro hospitalar, identificandose 15 crianças (0,1%) com critério de diagnóstico para infecção congénita por CMV. Identificou-se 53% de recém-nascidos (RN) do sexo masculino, com tempo médio de gestação de 34 semanas (± 5,1), 20% de RN prematuros, e 26% de RN com muito baixo peso (≤1500g). Foi registada infecção primária por CMV em 75% dos casos, 26% dos RN eram co-infectados com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) tipo 1. Neste coorte, 26,7% dos RN apresentava algum grau de surdez ao nascimento, desenvolvendo-se surdez tardia em 13 %.Conclusões: O diagnóstico preciso da infecção congénita por CMV no recém-nascido só pode ser feito nas primeiras três semanas de vida. Para além disso, a inexistência de um programa implementado de rastreio para a infecção por CMV durante a gravidez e período neonatal, bem como a falta de critérios específicos para o diagnóstico de infecção congénita a CMV sintomática, tornam difícil a estimativa da prevalência real da mesma, bem como da surdez consequente.
Databáze: OpenAIRE