Artificial grammar learning: preference for acoustic or visual modality?
Autor: | Bernardo, Ana Isabel Santos |
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Přispěvatelé: | Petersson, Karl Magnus, Inácio, Filomena |
Jazyk: | angličtina |
Rok vydání: | 2013 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instacron:RCAAP |
Popis: | This thesis transmits the artificial grammar learning paradigm as an acquisition and processing model of language, within implicit learning investigation. The number of investigations about language and it’s acquisition has increased throughout the years, specifically in the implicit learning ability and artificial grammar learning as the most adequate model to verify it. Language, and namely human language, is an important part in the social universe and requires that each single individual own a cognitive capacity to understand and produce the signs that characterizes and enable verbal communication between humans (Jackendoff, 2002). From Tulving’s 1970 theory until the present, language comprehension and perception has change, but through out times language definition contemplated the memory systems (Gazzaniga et al., 2009). Several authors stated that implicit memory and implicit learning plays a vast role in language acquisition. The present study explores artificial grammar learning paradigm as a model (based on Reber’s study on 1967) to implicit learning and to observe modalities performances differences between and within subjects. Twenty-‐eight subjects participated voluntarily in the present experiment. The study was developed in three consecutive days and in the last task in the last day subjects were informed and expose to sequences with underling grammar. The results reveled significant effects in grammaticality and ACS, an interaction between test days*grammaticality*ACS, specifically significant effects in AGL2 and AGL3, and suggest implicit learning of artificial grammar. These results could be more consistent if the experiment were extended to more days of exposure. The results point out to a tendency in visual modality to demonstrated significant effects, particularly consonants sequences, and imply the visual modality to be the modality with higher tendency to be efficient in artificial grammar learning, namely within the language domain. A presente tese reporta o paradigma da aprendizagem artificial da gramática (AGL) na investigação da aprendizagem implícita, como modelo de aquisição e processamento da linguagem. Ao longo dos tempos observou-‐se a um aumento do número de estudos sobre a linguagem e a sua aquisição, nomeadamente na capacidade da aprendizagem implícita e especificamente em estudos que reportam a aprendizagem artificial da gramática. A linguagem desempenha um papel social universal e de importância grande, particular ao ser humano, que requer que cada individuo detenha uma capacidade cognitiva de compreender e produzir sinais que facilitam e caracterizam a comunicação verbal (Jackendoff, 2002). Não existe por si só uma definição global de linguagem, mas o que diferencia a linguagem humana da linguagem entre animais, que igualmente produzem sons de comunicação, relaciona-‐se com a capacidade do ser humano não comunicar somente através da utilização de sinais verbais. Considerando a linguagem verbal podemos decompô-‐la em unidades de análise mais pequenas: os fonemas e os morfemas. O léxico é o conjunto de palavras numa determinada língua e, sendo objeto do presente estudo, a sintaxe alude às combinações de palavras admissíveis numa frase, isto é, a gramática da frase. Diversos estudos têm comprovado a presença destes componentes da linguagem (baseada no som) nas crianças, reforçando o exposto por Chomsky, ao referir que todos os humanos possuem um mecanismo inato para desenvolvimento da linguagem (Kolb & Wishaw). Como Jackendoff (2002) postula, a criança inicia o seu discurso não com palavras per se, mas sim por uma espécie de crioulo, em nada diferente de um adulto aquando a aquisição de uma nova linguagem. Acresce ainda o facto de que para a compreensão da linguagem, tanto enviada de um emissor auditivo ou visual, é necessária a integração das propriedade de semântica (significado correspondente de cada léxico ou palavra) e de sintaxe. A compreensão e percepção da linguagem têm sofrido diversas modificações, desde a teoria de Tulving em 1970, Collins e Loftus em 1975 e Damásio em 1996 até ao dia de hoje, mas no entanto a definição de linguagem humana passou a contemplar o sistema de memória (Gazzaniga et al., 2009). O ser humano aprende, retém e relembra milhões de informações. A memória é utilizada para inúmeros propósitos, desde tarefas do quotidiano a tarefas como recordar eventos históricos mundiais e advém da união entre subsistemas inter-‐relacionados. Ao longo da literatura foram identificados diferentes tipos de memória: a memória a curto termo, caracterizada por armazenamento limitado de informação no tempo (minutos) e a memória a longo termo, definida por um armazenamento de informação extenso, que se subdivide em diferentes tipos de memória e onde se encontra a memória não declarativa ou implícita. A memória implícita inclui diversos conhecimentos que são utilizados no quotidiano e que são, consequentemente adquiridos através da aprendizagem implícita (Sohlberg & Mateer, 2001). A aprendizagem implícita, em contraste à memória explicita, pode ser descrita como a aprendizagem de informação complexa sem a capacidade de nomear de forma consciente o que foi aprendido e de que forma foi realizada a aprendizagem (Eysenck & Keane, 2010).Considerando o anterior exposto a aprendizagem artificial da gramática apresenta ser o modelo mais apropriado de estudar a aquisição e processamento da linguagem. Pretende-‐se no presente estudo descrever a variação da performance entre e intra indivíduos na mesma condição e entre condições, verificar eficácia no processamento de informação auditiva/fonológica e visual/ortográfica e, avaliar a natureza do efeito das diferentes modalidades. Participaram no estudo de forma voluntária vinte e oito sujeitos, estudantes universitários, com idades compreendidas entre os 19 anos de idade e os 32 anos de idade. Kürten et al. (2010) demonstraram no seu estudo que a performance dos indivíduos mais velhos era mais elevada nos itens que requeriam aprendizagem baseada nas regras, pelo que foi tomado em consideração a idade dos participantes da presente experiência. O modelo de tarefa utilizado na presente investigação foi baseada no estudo de Reber (1967). A presente experiência de aprendizagem artificial da gramática foi realizada em três sessões que decorreram em três dias ininterruptos. O presente estudo contempla duas modalidades de apresentação dos testes e, quatro condições: prova visual/consoantes, visual/símbolos, auditiva/sons, auditiva/sílabas. As provas, realizadas no computador, eram constituídas por sequências; no final de cada sequência os participantes respondiam carregando em teclas previamente adequadas e explicadas. No primeiro dia foi aplicado uma tarefa de preferência (de base para verificar como o participante classifica) e uma tarefa de memória. No segundo dia os participantes realizavam apenas uma tarefa de memória. No último dia os participantes foram expostos a uma tarefa de memória, seguida de uma tarefa de preferência, após as quais os participantes foram informados de que as sequências apresentadas nas tarefas anteriores obedeciam a um conjunto de regras e na última tarefa, a tarefa de gramaticalidade, classificaram as sequências como gramaticais ou não gramaticais, tendo por critério de resposta o instinto imediato. No fim de cada tarefa, os participantes preencheram um questionário, que serviu igualmente para a discussão dos resultados. Os resultados foram analisados no software SPSS utilizando a ANOVA de medidas repetidas e o programa Statistic para a análise post-‐hoc. Os resultados revelaram efeitos significativos na gramaticalidade e no ACS, observando-‐se uma interação entre gramaticalidade e o teste nas três sessões e interação entre gramaticalidade e ACS. Foi ainda calculado a acuidade e o d-‐prime que demonstrou efeitos significativos entre AGL2 e AGL3, traduzindo-‐se num efeito de aprendizagem significativa. Estes dados revelam que, apesar de existir efeito de aprendizagem significativo apenas do AGL2 para o AGL3, a mesma verifica-‐se ao longo de toda a prova, indicando que se o presente estudo fosse realizado num maior número de sessões/ dias, os efeitos de aprendizagem seriam mais elevados, sólidos e com um maior poder de significância. No que respeita às modalidades presentes no estudo observou-‐se que os resultados, particularmente da variável “consoantes” (modalidade visual), são os mais propícios a indicar efeito significativo nas três sessões com interação da gramaticalidade e do ACS. Nesta linha, os resultados referentes à variável “símbolos” (modalidade visual) são os mais favoráveis a indicar efeito significativo nas três sessões com interação da gramaticalidade e do ACS. Os dados levam a considerar que beneficiariam de um aumento do número de sessões de exposição, bem como da participação de um maior número de sujeitos voluntários. Sumariamente, o presente estudo revela que existe capacidade aprendizagem implícita da gramática artificial, bem como a propensão de resultados mais elevados na modalidade visual, nomeadamente referente a estímulos dentro do domínio da linguagem. Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais |
Databáze: | OpenAIRE |
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