Modulating vigilance : the differential contributions of fear chemosignals and group contexts

Autor: Gomes, Nuno Miguel de Jesus
Přispěvatelé: Semin, Gün R., Soares, Sandra C., Smeets, Monique A. M.
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instacron:RCAAP
Popis: Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Psicologia na área de especialização de Psicologia Social apresentada no ISPA - Instituto Universitário, no ano de 2021. Noutras espécies sociais que não a humana, as estratégias individuais de monitorização de risco (i.e. vigilância) e a capacidade de detetar e evitar estímulos ameaçadores são moduladas pelos co-específicos. Por um lado, a presença de co-específicos resulta numa diminuição dos recursos atencionais alocados pelo indivíduo à vigilância, permitindo um maior investimento noutras atividades (e.g., procura de alimento). Por outro lado, co-específicos expostos a uma fonte de perigo, emitem pistas sensoriais (e.g., sons ou odores corporais) que alertam/preparam o indivíduo para lidar com eventos ameaçadores. Pretende-se, no presente trabalho, explorar o papel direto (pela presença) e indireto (através de odores corporais de medo) que os co-específicos assumem ao modular estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça na espécie humana. No primeiro estudo, investigou-se se os humanos usariam estratégias de vigilância semelhantes a outras espécies sociais. Com recurso a um paradigma que permite o estudo das estratégias de vigilância mediante a utilização de um eye-tracker, demonstrou-se que a presença de co-específicos (vs. condição individual), tal como noutras espécies sociais, diminui os recursos alocados à vigilância, permitindo um investimento maior noutras atividades, embora prejudicando a capacidade de detetar/evitar ameaças. No segundo estudo foi investigado se, tal como noutras espécies, a redução de vigilância poderia estar associada a um sentimento acrescido de segurança despoletado pela presença dos outros. Os resultados obtidos parecem confirmar este efeito, na medida em que para um indivíduo, imaginando-se na presença de co-específicos (2 amigos ou 2 estranhos vs. sozinho), era menor o sentimento de ameaça assim como a probabilidade percebida de sair magoado de situações ambíguas de perigo. O terceiro estudo centrou-se nos efeitos modulatórios de diferentes contextos de grupo nas estratégias de vigilância. Os resultados obtidos indicam que perceber co-específicos como cooperadores ou competidores (vs. mera presença) não modula, de forma distinta, o comportamento de vigilância. Sob a égide de literatura anterior, é possível especular que o efeito destes contextos de grupo poderá ser observado tão-somente perante situações em que indivíduo e co-específicos presentes podem observar-se e interagir entre si. No quarto estudo, que visou compreender de que forma a exposição a odores corporais de medo poderia modular estratégias de vigilância e a capacidade de detetar e evitar eventos ameaçadores, concluímos que esta pista sensorial (vs. odores corporais neutros e ausência de odores) não modula diretamente as estratégias de vigilância, mas parece induzir um estado de preparação/prontidão nos seus recetores, levando-os a detetar e reagir mais rapidamente a eventos ameaçadores. O último estudo replica literatura anterior, demonstrando que a exposição a odores corporais de medo ativa mecanismos associados a um aumento da aquisição sensorial. Evidenciou-se ainda que amostras de suor podem ser reutilizadas após uma primeira utilização de 20 minutos, permitindo especular sobre as propriedades de volatilidade das moléculas que transportam informação associada ao medo. Em conclusão, os resultados obtidos nesta tese sugerem que co-específicos modulam, direta e indiretamente, as estratégias individuais de vigilância e deteção de ameaça. Destaca-se assim a importância de variáveis sociais para o estudo e aprimoramento da monitorização do risco nas sociedades contemporâneas. In non-human social species, risk-monitoring strategies (i.e. vigilance) and an individuals’ capacity to detect and avoid threat stimuli are modulated by conspecifics. On the one hand, the presence of conspecifics results in a reduction of the attentional resources allocated to vigilance, which allows higher investment in other activities (e.g., foraging). On the other hand, conspecifics exposed to a source of danger release sensory cues (e.g., sounds or body odors) that alert/prepare the individual to deal with a possible threatening event. The main goal of the present thesis was to explore the direct (through their presence) and indirect (through fear body odors) role of conspecifics in modulating the individual strategies of vigilance and threat detection in human beings. In the first study, we investigated whether humans use vigilance strategies similar to other social species. Employing a paradigm designed to study vigilance using an eye-tracker, we showed that the presence of conspecifics (vs. an alone condition) reduced the attentional resources allocated to vigilance. As in other social species, this vigilance reduction allowed a higher investment in other activities but impaired the participants’ capacity to detect and avoid threatening events. In the second study, following animal research, we investigated whether the vigilance reduction observed in the first study might be associated with an increased safety feeling triggered by conspecifics’ presence. The results seem to confirm this effect, showing that by envisioning themselves in the presence of conspecifics (either two friends or two strangers vs. alone) participants reduced their feelings of being threatened and their perceived probability of being harmed in danger situations that are ambiguous. In the third study, we explored if different group contexts modulate vigilance strategies. The obtained data indicated that perceiving conspecifics as cooperators or competitors (vs. mere presence) did not modulate vigilance behavior differently. Drawing on earlier literature, it is possible to speculate that the role of these different group contexts governing vigilance emerges only when conspecifics can observe and interact among them. The fourth study focused on the role of being exposed to fear body odors in modulating vigilance strategies and the capacity to detect and avoid threatening events. Our data showed that fear body odors (vs. rest body odors or a blank) did not modulate vigilance per se but triggered in receivers a preparedness/readiness state that allows them to detect and react quickly to threatening events. In the fifth study, we replicated previous literature evidencing that the exposure to fear body odors triggers mechanisms associated with an increased sensory acquisition. We also evidenced that samples of fear body odors can be re-used after a first use of 20 minutes. This allowed us to speculate about the volatility of the molecules involved in carrying the fear-related information. In sum, the results obtained in the current thesis suggest that conspecifics modulate directly and indirectly individuals’ vigilance strategies and threat detection. These findings highlight the critical role of social variables in studying and improving risk-monitoring in modern societies.
Databáze: OpenAIRE