Cetorolac e hemorragia pós-amigdalectomia na população pediátrica

Autor: Gonçalves, Ana Isabel C., Borges Costa, Joana, Duarte, Delfim, Vilhena, Ditza de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Portuguese Journal of Otorhinolaryngology and Head and Neck Surgery; Vol. 58 No. 4 (2020): December; 181-187
Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Vol. 58 Núm. 4 (2020): Dezembro; 181-187
Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço; v. 58 n. 4 (2020): Dezembro; 181-187
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instacron:RCAAP
ISSN: 2184-6499
Popis: Objectives: To assess the risk of post-tonsillectomy hemorrhage associated with the use of ketorolac in children undergoing tonsillectomy. Material and Methods: Retrospective study of children undergoing tonsillectomy between January 2015 and December 2019. Data were collected regarding age, sex, surgical indication, surgery performed, surgical technique, surgeon's experience, hemostasis method, occurrence of postoperative bleeding and its characterization, treatment instituted and the administration or not of ketorolac in the immediate postoperative period. Results: Included 964 children, 48% female and 52% male, from 2 to 18 years old. Of these, 902 (93.6%) did not receive ketorolac, while 62 (6.4%) received a single dose. The incidence of bleeding in the group with administered ketorolac was 9.7% vs. 4.8% in the group without ketorolac (p = 0.123). The rate of primary bleeding was 50% in the group that took ketorolac vs. 18.6% in the group without ketorolac (p = 0.117). In children with hemorrhage, the need for surgical review of hemostasis was 50% in the group taking ketorolac vs. 18.6% in the group that did not take ketorolac (p = 0.117). Conclusions: There was no statistically significant impact of the use of ketorolac on postoperative bleeding, although the results tend to point to an increased risk of bleeding. Further studies are needed, namely prospective and with homogeneous groups. Objetivos: Avaliar o risco de hemorragia pós-amigdalectomia associada ao uso de cetorolac em crianças submetidas a amigdalectomia. Material e Métodos: Estudo retrospetivo das crianças submetidas a amigdalectomia entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. Foram recolhidos dados relativos a idade, sexo, indicação cirúrgica, cirurgia realizada, técnica cirúrgica, experiência do cirurgião, método de hemostase, ocorrência de hemorragia pós-operatória e sua caracterização, tratamento instituído e a administração ou não de cetorolac no pós-operatório imediato. Resultados: Incluídas 964 crianças, 48% do sexo feminino e 52% do sexo masculino, dos 2 aos 18 anos. Destas, 902 (93,6%) não receberam cetorolac, enquanto que 62 (6,4%) receberam dose única. A incidência de hemorragia no grupo a que foi administrado cetorolac foi de 9,7% vs. 4,8% no grupo sem cetorolac (p=0,123). A taxa de hemorragia primária foi de 50% no grupo que fez cetorolac vs. 18,6% no grupo sem cetorolac (p=0,117). Nas crianças com hemorragia, a necessidade de revisão cirúrgica da hemostase foi de 50% no grupo com toma de cetorolac vs. 18,6% no grupo que não fez cetorolac (p=0,117). Conclusões: Não houve, estatisticamente, um impacto significativo da utilização de cetorolac na hemorragia pós-operatória, embora os resultados tendencialmente apontem para um aumento do risco de hemorragia. São necessários mais estudos, nomeadamente prospetivos e com grupos homogéneos.
Databáze: OpenAIRE