Assexualidade: orientação ou disfunção sexual? / Assexuality: sexual orientation or dysfunction?

Autor: Santos, Thais Pacheco dos, Carvalho, Geraldo Mota de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Health Review; Vol 2, No 4 (2019); 2709-2728
Brazilian Journal of Health Review
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP)
instacron:BJRH
Brazilian Journal of Health Review; Vol. 2 No. 4 (2019); 2709-2728
Brazilian Journal of Health Review; v. 2 n. 4 (2019); 2709-2728
ISSN: 2595-6825
DOI: 10.34119/bjhrv2n4
Popis: ntrodução: O comportamento sexual está sendo muito discutido nos últimos tempos e observa-se que pequena parcela da população não se enquadra nas categorias homossexual, heterossexual ou bissexual. Nesta perspectiva, surge a assexualidade, condição caracterizada pelo desejo sexual diminuído ou ausente. Porém, esse conceito contradiz o pressuposto do desejo sexual universal, sendo que a sua falta pode implicar em prejuízos na saúde mental e em disfunções sexuais como Transtorno do Interesse/ Excitação Sexual Feminino e Transtorno do Desejo Sexual Masculino Hipoativo. Objetivo: Identificar e analisar na literatura científica qual é o entendimento atual sobre a assexualidade. Metodologia: Pesquisa bibliográfica, realizada nas bases de dados SciELO, LILACS, PePSIC abrangendo o período de 2002 a 2017, utilizando-se os seguintes descritores: sexualidade, comportamento sexual, disfunções sexuais psicogênicas, minorias sexuais e de gênero. Resultados e discussão: A principal diferença entre a assexualidade e as disfunções sexuais consiste no fato de que nas disfunções existe um sofrimento psíquico para o indivíduo, enquanto para a maioria dos assexuais não há um prejuízo clinicamente significativo. No entanto, assexuais precisam lidar constantemente com julgamentos, pressão social para se enquadrar numa cultura hipersexualizada e invalidação de seus sentimentos, o que pode justificar os achados de alguns estudos sobre uma frequência maior de transtornos do humor e ansiedade, personalidade com tendência suicida e evitação social nessa população. Considerações finais: Existem chances consideráveis do assexual ser diagnosticado como portador de uma patologia, já que o processo de distinção entre a assexualidade e disfunções sexuais ainda é muito vago. Além disso, categorizar a assexualidade como apenas mais uma patologia antes mesmo de entendê-la mais a fundo coloca a perder todos os questionamentos, reflexões e descobertas que este tema pode proporcionar no entendimento das relações que o sujeito estabelece com seu corpo e sua identidade de acordo com suas crenças, experiências e influências recebidas no decorrer da vida.
Databáze: OpenAIRE