FATORES DE RETARDO NO ATENDIMENTO DE PACIENTES INTERNADOS NO SERVIÇO DE MEDICINA INTERNA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE. UM ESTUDO OBSERVACIONAL
Autor: | Seligman, Renato, Kuchenbecker, Ricardo de Souza, Pinto, Tanira T., Bittencourt, Otavio Neves da Silva, Polanczyk, Carisi Anne, Nasi, Luiz Antonio, Seligman, Beatriz Graeff Santos, Sander, Guilherme Becker, Buzin, Lurdes, Magalhães, Ana Maria Müller de, Torelly, Fernando, Bajerski, Jorge Luis, Falk, Maria Lúcia Rodrigues, Crossetti, Maria da Graça Oliveira |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2020 |
Předmět: | |
Zdroj: | Clinical & Biomedical Research; Vol. 26 No. 1 (2006): Revista HCPA Clinical and Biomedical Research; v. 26 n. 1 (2006): Revista HCPA Clinical and Biomedical Research Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS Repositório Institucional da UFRGS |
ISSN: | 2357-9730 |
Popis: | Todos os pacientes atendidos na Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre de março a maio de 2005 foram acompanhados prospectivamente, buscando verificar suas características epidemiológicas e fatores de retardo de internação, definidos como permanência hospitalar por motivos não clínicos. De 5530 pacientes triados neste período, 389 foram atendidos pelo Serviço de Medicina Interna. Destes, 314 são descritos nesta amostra. A idade mediana dos pacientes internados foi de 64 anos, com predomínio de mulheres. Da população estudada, 80% eram provenientes de Porto Alegre e região metropolitana. Dez condições clínicas crônicas foram a causa de 83% das internações, com neoplasias fora de opção terapêutica , complicações de SIDA e reinternações de pacientes com seqüelas neurológicas de doença cerebrovascular sendo as causas mais freqüentes. Diabete melito e doença pulmonar obstrutiva crônica corresponderam a 9,2% e 6,4% das internações. Os pacientes portadores de diabete melito e insuficiência cardíaca apresentaram os maiores tempos de espera por internação clínica (54,5 e 46,6 horas). Vinte e cinco por cento dos pacientes com angina do peito, infecção respiratória aguda ou complicações associadas ao diabete melito aguardaram mais de 60 horas por leito de internação A realização de consultorias médicas foi fator de retardo na permanência, com tempo mediano de espera de 48 horas. O maior tempo de espera nos exames subsidiários foi resultado de pendência na liberação de laudos de anatomo-patológicos em biópsias, com mediana de 4,2 dias. Da mesma forma, a mediana da espera pela realização de tomografias computadorizadas foi de 5 dias para crânio, 4,2 dias para abdômen e 3,2 dias para tórax. Entre os dez motivos mais comuns de internação, apenas 21 (6,7%) foram caracterizadas como condições clínicas agudas. Estes achados serviram de embasamento para a reformulação do Serviço de Emergência no HCPA, desencadeando ações gerenciais como a triagem por estratificação de risco, a unidade vascular, foco nos serviços de apoio e estabelecimento de convênio assistencial com hospital secundário de apoio. Patients admitted to the Emergency Division of Hospital de Clinicas de Porto Alegre were prospectively followed from March to May 2005. Epidemiological data and risk factor for length of stay were identified, defined as hospital permanency for non-clinical reasons. 5530 patients were submitted to triage in this period. From those, 389 were admitted to the Internal Medicine Division. These sample describes 314 of those. Median age was 64 years, mostly women. Eighty percent were from the metropolitan area of Porto Alegre. Ten chronic clinical conditions responded for 83% of admissions - cancer without therapeutic options, AIDS related complications, readmission of chronically disabled stroke patients with clinical complications were more frequent. Diabetes and COPD accounted for 9,2% and 6,4% of admissions, respectively. Heart failure and diabetes accounted for clinical conditions with larger delay to admission (54,5 and 46,6 hours). Twenty five percent of coronary heart diseases, acute respiratory infections and diabetic subjects waited in the observation room for more than 60 hours. Pathology results were responsible for the longest delay, with median 4,2 days. Tomography scans accounted for 5 days(brain), 4,2 days (abdomen) and 3,2 days(thorax) of delay. Of the ten most frequent reasons for admissions, only 6,7% were caused by acute clinical conditions. These findings embased the reformulation of the Emergency Division at Hospital de Clinicas de Porto Alegre, with risk stratification according to a severity criteria, vascular unit establishment and referral agreement for a secondary hospital. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |