Envelhecimento bem-sucedido e envolvimento social: um estudo em Universidades Sénior

Autor: Oliveira, Joana Isabel Sousa
Přispěvatelé: Monteiro, Joana Mafalda Miguelote de Pinho, Bastos, Maria Alice Martins da Silva Calçada, Veiga, José Miguel Gomes Costa
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)-FCT-Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
Popis: Dissertação de Mestrado em Gerontologia Social apresentada na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo Contexto e objetivos. O envelhecimento humano é um fenómeno mundial. Portugal destaca-se como um dos países mais envelhecidos da União Europeia e também um dos que está a envelhecer mais rapidamente. Nas últimas décadas tem havido um interesse crescente, por parte dos investigadores em Gerontologia Social, por uma visão positiva do envelhecimento, concretizada na ideia de Envelhecimento Bem-Sucedido. Salienta-se como os modelos mais relevantes: o modelo biomédico (Rowe & Kahn, 1997), o modelo de otimização seletiva com compensação (SOC; Baltes & Baltes, 1990) e o modelo de proatividade preventiva e corretiva (Kahana & Kahana, 1996). Quanto às políticas sociais e de saúde, destaca-se o quadro de referência do Envelhecimento Ativo (OMS, 2002; ILC-Brasil, 2015) que também veicula uma visão positiva do envelhecimento. Neste contexto, as Universidades Sénior surgem como uma resposta para adultos a partir dos 50 anos com vista a combater o isolamento e a exclusão social, contribuir para a participação na sociedade, diminuir o risco de dependência e promover o convívio (RUTIS, 2017). Neste sentido, torna-se pertinente analisar o Envelhecimento Bem-Sucedido de pessoas que frequentam Universidades Sénior. Deste modo, estabeleceram-se como objetivos deste estudo: (1) descrever as caraterísticas sociodemográficas de adultos que frequentam Universidades Sénior, bem como aspetos do seu envolvimento social; (2) analisar a qualidade de vida, bem-estar psicológico e redes sociais em função das características sociodemográficas. Método. Este estudo de natureza quantitativa transversal contou com 50 participantes, com idades compreendidas entre os 55 e os 84 anos, a viver na comunidade e a frequentar uma Universidade Sénior. A recolha de dados fez-se com base num Questionário Sociodemográfico e de Participação Social – versão para Universidades Sénior (Versão para estudo de Bastos e cols.); versão portuguesa da Escala Breve de Redes Sociais de Lubben (LSNS-6; Lubben et al., 2006; Ribeiro, et al., 2012); versão portuguesa das Escalas de Bem-Estar Psicológico (Ryff-18; Ryff, 1989; Novo, Silva & Peralta, 1997); versão portuguesa do Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-BREF; WHOQOL Group, 1998; Canavarro et al., 2007). Resultados. Os participantes apresentam uma média de idades de 68,2 anos (DP=5,2), são maioritariamente mulheres (68,0%), casados (76,0%), com escolaridade elevada (ensino superior - 64,0%) e pertencentes a agregados familiares com rendimentos mensais superiores a 2000€ (61,7%). Frequentam a Universidade Sénior, em média, há 4,7 anos (DP=3,0; mín.=0,8; máx.=15) e identificaram a aprendizagem/novos conhecimentos, realização pessoal e aumento dos contactos sociais como principais benefícios. Quanto à qualidade de vida, existem diferenças estatisticamente significativas (p
Databáze: OpenAIRE