A órfã : cinema de horror, infância e feminino

Autor: Teles, Diogo Oliveira
Přispěvatelé: Melo, Marcos Ribeiro de
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFS
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
instacron:UFS
Popis: Fundação de Apoio a Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE It is believed that the exercise of thinking through an agency with horror cinema can move knowledge and powers about childhood and the feminine. Among images, plans, frames and angles, screen ethnography is used as a methodology for analyzing the film Orphan (by Jaume Collet-Serra, 2009). The feature film presents the story of the adoption of a nineyear-old girl named Esther, the main character of this investigation. The narrative puts the viewer in touch with the “others” of childhood and the feminine, who threaten and terrify the certainties about what they are. It is possible to perceive the formation of horror cinema and its characteristics, understand how childhood was created as a historical device of power and, finally, understand the concept of gender, as a theoretical and political tool, verifying its implications in the narrative of audiovisual product. The work undertaken does not judge or defend a certain childhood, nor a certain femininity, however, it tries to observe them in their infinite possibilities and allow them to be and exist. Esther, therefore, horrifies the viewer for articulating what is attributed to childhood, but mainly, for transgressing the discourses of truths, smudging a moral of the age group articulated to a gender moral. Acredita-se que o exercício de pensamento por meio de um agenciamento com o cinema de horror pode movimentar saberes e poderes acerca da infância e do feminino. Entre imagens, planos, enquadramentos e ângulos, toma-se a etnografia de tela como metodologia para analisar o filme A Órfã (Orphan, de Jaume Collet-Serra, 2009). O longa-metragem apresenta a história de adoção de uma garota de nove anos chamada Esther, personagem principal desta investigação. A narrativa põe o espectador em contato com os “outros” da infância e do feminino, que ameaçam e aterrorizam as certezas sobre o que eles são. Percebe-se a formação do cinema de horror e suas características, compreende-se como se deu a criação da infância como dispositivo histórico de poder e, por fim, entende-se o conceito de gênero, enquanto ferramenta teórica e política, verificando suas implicações na narrativa da produção audiovisual. O trabalho empreendido não faz julgamento ou defesa de uma certa infância, nem de determinada feminilidade, contudo, trata de observa-las em suas infinitas possibilidades e permitir-lhes que sejam e existam. Esther, portanto, horroriza por articular aquilo que é atribuído à infância, mas principalmente, por transgredir os discursos de verdades, borrando uma moral de faixa etária articulada à uma moral de gênero. São Cristóvão, SE
Databáze: OpenAIRE