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E ensaio aborda o tema das subalternidades projectando-o no Atlântico Sul como espaço situado para a reconfiguração teórica dos pós-colonialismos alimentados pela irregular trajetória de uma metrópole "de exeção" como Portugal. Neste sentido, resgatar as representações do escravo, o efetivo "ausente da história" do Atlântico Sul, pelos rastos disseminados numa literatura como a brasileira, constitui a tentativa de vocalização dos seus inúmeros silêncios. O que mostra como estas revocalizações não só permitem o resgate de memórias em risco, mas também a possibilidade de configurar, pela vertente teórica, uma história outra, política e plural, do espaço do Atlântico meridional cuja ontologia se inscreve no marco da violência colonial. |