Glomerulonefrite membranoproliferativa em associação com crioglobulinemia tipo II em doente transplantado renal portador do vírus da hepatite C
Autor: | Bento,Claudia, Malheiro,Jorge, Almeida,Manuela, Martins,La Salete, Dias,Leonideo, Vizcaino,Ramon, Henriques,Antonio Castro, Cabrita,Antonio |
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Jazyk: | angličtina |
Rok vydání: | 2014 |
Předmět: | |
Zdroj: | Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension, Volume: 28, Issue: 2, Pages: 164-167, Published: JUN 2014 Portuguese Journal of Nephrology & Hypertension v.28 n.2 2014 Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC)-FCT-Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
Popis: | The most common HCV-related nephropathy is glomerulonephritis (MPGN), usually in the context of cryoglobulinaemia. The treatment of this entity is not consensual and represents a challenge to clinicians. We report a case of membranoproliferative glomerulonephritis associated with type II in a 46-year-old Caucasian male recipient of a deceased kidney transplant in 2010. His baseline serum creatinine (SCr) was 1.1 mg/dl. After three years post-transplantation, he presented with nephritic syndrome in association with renal function impairment (SCr - 2.1 mg/dl). The laboratory tests revealed positive rheumatoid factor, hypocomplementaemia and a positive cryocrit with type II cryoglobulinaemia. Antinuclear autoantibodies and anti-double stranded DNA antibodies were negative. Despite the presence of anti-HCV antibodies, the viral load remained undetectable. The allograft biopsy showed lesions compatible with membranoproliferative , with staining in the immunofluorescence for granular IgM and C3 and no C4d. He was treated with methylprednisolone pulses followed by oral prednisolone in association with rituximab. Two months after the last dose of rituximab, the SCr improved to 1.27 mg/dl, the proteinuria decreased and serum C3 levels normalized. Cryogloglobulins and rheumatoid factor became negative and HCV RNA remained undetectable. The patient was lost for follow-up. In our case, the treatment with rituximab resulted in a favourable outcome, although a longer follow-up period may be needed to evaluate the clinical response, since other studies reported high relapse rates. A glomerulonefrite membranoproliferativa com crioglobulinemia associa-se frequentemente à infeção pelo vírus da hepatite C. O tratamento desta entidade não é consensual e representa um desafio para os clínicos. Apresentamos um caso de glomerulonefrite membranoproliferativa associada a crioglobulinemia tipo II num doente do sexo masculino de 46 anos portador de enxerto renal de dador cadavérico desde 2010. O seu valor de creatinina sérico (SCr) era 1,1 mg/dl. Após 3 anos do transplante o paciente apresentou-se com síndrome nefrítico em associação com agravamento da função renal (SCr - 2,1 mg/dl). Os exames laboratoriais demonstraram: fator reumatoide positivo, crioglobulinemia tipo II, hipocomplementemia. Os anticorpos antinuclear e anti-double stranded DNA foram negativos. Apesar da presença de anticorpos anti-HCV a carga vírica era indetectável. A biópsia do enxerto renal demonstrou lesões compatíveis com glomerulonefrite membranoproliferativa com depósitos granulares para IgM e C3 e marcação com C4d negativa na imunofluorescência. Iniciou terapêutica com pulsos de metilprednisolona seguido posteriormente por prednisolona oral em associação com rituximab. Dois meses após a última dose de Rituximab o valor de creatinina melhorou para 1,27 mg/dl, a proteinúria diminuiu e os níveis de C3 normalizaram. O doseamento de crioglobulinas e de fator reumatoide foi negativo e a carga vírica do VHC permaneceu indetectável. Foi perdido o follow-up do doente. No nosso caso o tratamento com Rituximab associou-se a uma melhoria clínica. Um período de follow-up maior é necessário para a monitorização clínica uma vez que as taxas de recidiva são elevadas de acordo com estudos publicados na literatura. |
Databáze: | OpenAIRE |
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