Deficiência, Surdez e Ideologia no Final do Século XX e Início do Século XXI
Autor: | McDonnell, Patrick |
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Jazyk: | angličtina |
Rok vydání: | 2016 |
Předmět: | |
Zdroj: | Educação & Realidade, Vol 41, Iss 3 (2016) Educação & Realidade [Education & Reality]; v. 41, n. 3 (2016) Educação & Realidade; v. 41, n. 3 (2016) |
ISSN: | 2175-6236 0100-3143 |
Popis: | A ideologia constitui um importante campo de luta para pessoas com deficiência e para as comunidades Surdas. Nas últimas décadas, duas ideologias – a da normalização e a dos direitos – têm oferecido diferentes respostas à questão do que significa ser deficiente ou Surdo. Ambas as ideologias emergiram no período após a Segunda Guerra Mundial, desafiaram práticas profissionais e estruturas institucionais há muito estabelecidas e recorreram às noções de direitos civis e humanos. Contudo, a da normalização é fundamentalmente paternalista na medida em que a correção é vista como uma questão de competência profissional, negociada em círculos acadêmicos e domínios de prática profissional. Em comparação, uma ideologia dos direitos é baseada em um modelo social de deficiência e em um modelo sociocultural de surdez que se opõem à exclusão dos Surdos e das pessoas com deficiência de funções estratégicas e participativas na definição de problemas, na formulação de políticas e na tomada de decisões. Enquanto a normalização procura erradicar ou atenuar a diferença, uma perspectiva dos direitos defende o reconhecimento e o respeito à diferença; enquanto a ideologia normalizadora busca soluções na competência e nas mudanças organizacionais, os movimentos de pessoas com deficiência e das comunidades Surdas defendem que respostas mais satisfatórias podem ser encontradas no campo da política e do poder. Ideology constitutes an important site of struggle for disabled people and for Deaf communities. In recent decades two ideologies – normalisation and rights – have offered different answers to the question of what it means to be disabled or Deaf. Both ideologies emerged in the post World War II period; both challenged long-established institutional structures and professional practices; and both appealed to notions of human and civil rights. However, normalisation is fundamentally paternalistic where reform is seen to be a matter for professional expertise and to be negotiated in academic circles and in the domains of professional practice. In contrast, a rights ideology is based on a social model of disability and a socio-cultural model of deafness that oppose the exclusion of disabled and Deaf people from strategic and participative roles in defining the issues, in policy making, and in decision taking. Where normalisation seeks to eradicate or attenuate difference, a rights’ perspective advocates recognition and respect for difference; where normalising ideology looks to expertise and organisational change for solutions, disability movements and Deaf communities argue that the most satisfactory answers are to be found in the fields of politics and power. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |