Ansiedade e depressão em pessoas iniciando a terapia antirretroviral na perspectiva de gênero, Belo Horizonte, 2018
Autor: | Rosemary Maria de Oliveira |
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Přispěvatelé: | Palmira de Fatima Bonolo, Maria das Gracas Braga Ceccato, Micheline Rosa Silveira, Celline Cardoso Almeida Brasil |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2018 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
Popis: | Introdução: Entre os transtornos mentais mais comuns vivenciados pelas pessoas com HIV estão a depressão e a ansiedade. Sabe-se que pessoas que vivenciam tais sofrimentos também são vítimas de estigma e preconceito e, muitas vezes, são excluídas da educação, do trabalho e de outros espaços, sendo, por isso, levadas ao isolamento social. Na perspectiva de gênero, ainda que a epidemia de HIV numericamente afete mais os homens, tem-se que as questões sociais, econômicas, culturais e biológicas representam um aumento da vulnerabilidade da mulher, que pode se refletir na dificuldade do autocuidado e de autonomia para a qualidade de vida. Objetivo: Avaliar os sintomas de ansiedade e depressão em pessoas iniciando a terapia antirretroviral segundo a perspectiva de gênero. Metodologia: Análise transversal que integrou o projeto ECOART, que consiste em um estudo longitudinal com o objetivo de estudar a efetividade da terapia antirretroviral (TARV) em pessoas com HIV vivendo em Belo Horizonte. O ECOART foi conduzido em três serviços públicos de referência especializada em HIV. Foram incluídos no estudo pacientes com evidência laboratorial da infecção pelo HIV com até seis meses de início da TARV. Para analisar as diferenças entre gênero e as variáveis selecionadas, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. Resultados: Dos 462 pacientes, 375 (81,2%) eram do sexo masculino e 87 (18,8%), do sexo feminino. As mulheres apresentaram uma média de idade maior que os homens (39 anos), com semelhança entre a cor autodeclarada (parda = 49%). Cerca de 52% das mulheres eram solteiras, enquanto 71% dos homens se declararam como solteiros. As mulheres com filhos representavam 80,5%, em contraposição a 15,1% dos homens. Os homens apresentavam maior escolaridade formal (81,7%), com 64,3% relatando algum tipo de emprego. O percentual de baixa escolaridade formal entre mulheres foi de 62,2%, sendo que apenas 37,9% relataram ter emprego. Somente 8,0% das mulheres relataram possuir plano privado de saúde. O uso de bebida alcoólica foi semelhante entre os sexos, entretanto, o relato de uso de drogas ilícitas alguma vez na vida foi maior entre os homens. O não uso do preservativo na última relação sexual foi de 42,7% e 16,8% para mulheres e homens, respectivamente. Clinicamente, ambos os sexos utilizavam a terapia antirretroviral com dose fixa combinada. 71,8% dos homens e 64,2% das mulheres declararam experimentar o tratamento de HIV como fácil ou muito fácil. Sobre a orientação da TARV pelos profissionais, 88,8% dos homens e 55,8% das mulheres entenderam muito ou tudo. A média dos domínios da escala de qualidade de vida, exceto na dimensão da espiritualidade, foi menor para o sexo feminino. Com relação aos transtornos mentais, 30,5% das mulheres e 13,6% dos homens relataram sintomas de ansiedade e depressão. Sobre as diferenças de gênero entre as variáveis sociodemográficas, as mulheres estavam mais na faixa de 51 a 68 anos (p = 0,02), tinham mais filhos (p < 0,001), menos trabalho (p < 0,001), mais baixa condição socioeconômica (p < 0,001) e sem plano privado (p |
Databáze: | OpenAIRE |
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