A distância convergente: Eça de Queiroz e Guilherme de Azevedo: correspondentes da Gazetta de Notícias do Rio de Janeiro

Autor: Trabucho, Isabel Cristina do Vale Lages
Přispěvatelé: Piedade, Ana Nascimento
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2006
Předmět:
Zdroj: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instacron:RCAAP
Popis: Dissertação de Mestrado em Estudos Portugueses Interdisciplinares apresentada à Universidade Aberta Resumo - Tendo como ponto de partida as relações entre Literatura e Jornalismo, debruçamo-nos sobre a importância da imprensa em Oitocentos, nomeadamente o folhetim no qual se inscreve o texto cronístico. O periodismo terá sido, no século XIX, berço de muitos escritores que utilizaram a crónica, género híbrido, para veicular um complexo retrato social. Os correspondentes jornalísticos no estrangeiro enviavam as imagens das culturas europeias, através da sua numerosa produção cronística, referindo e comentando os mais variados aspectos de uma realidade que se revelava aos seus olhos. Entre 1880 e 1882, Eça de Queiroz e Guilherme de Azevedo eram correspondentes de imprensa (o primeiro de Inglaterra e o segundo de Paris) para a Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro. As suas crónicas e outra prosa não ficcional veicularam aos leitores do referido periódico a reflexão sobre os grandes acontecimentos ou as minudências das situações a que assistiram ao longo do tempo que viveram nesses países europeus. Apesar da distância pessoal e geográfica entre ambos, estes grandes escritores e jornalistas da Geração de 70, amigos comuns de Ramalho Ortigão, ofereceram ao seu público leitor carioca diferentes visões dessas duas nações consideradas, no último quartel do século, como os pólos culturais do mundo Abstract - Concerning the strong relation between Literature and Journalism during the nineteenth century we intend to analyse the importance of the press in these times, especialy the feuilleton in which the chronicle remains. The newspaper must have been by then the birthplace of many writers who made use of that hybrid kind of text to convey a complex social portrait. The press correspondents abroad sent their personnal views of those European cultures, through their abundant chronicle production, reporting and making comments on many and variegated aspects on the actuality caught by their own eyes. From 1880 to 1882, Eça de Queiroz and Guilherme de Azevedo were press correspondents (the first living in England and the second in Paris) to the Gazeta de Notícias of Rio de Janeiro. Their chronicles and other non-fictional prose gave the newspaper readers the traces of the time they spent in those European countries. In spite of the personal and geographical distances between them, these two great writers and journalists belonging to the Geração de 70 (both friends of Ramalho Ortigão) offered their Brazilian public readers ( the cariocas) different visions of the two nations regarded in the last quarter of the nineteenth century as the cultural poles of the entire world
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