DO MODELO ECONÔMICO NEOLIBERAL À ECONOMIA DO SUFICIENTE

Autor: Cristina Lopes Machado, Cláudia, Edmilson de Souza-Lima, José, Guimarães Simão, Ângelo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Revista Desenvolvimento Social, Vol 1, Iss 3 (2020)
Revista Desenvolvimento Social; v. 1 n. 3 (2009); 59-70
Revista Desenvolvimento Social
Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)
instacron:UNIMONTES
ISSN: 2179-6807
1982-8608
Popis: O presente artigo buscará analisar, de forma crítica, algumas perspectivas epistemológicas relacionadas a modelos desenvolvimentistas, bem como apresentar algumas evidências hodiernas dos reflexos destes sobre questões socioambientais e culturais. No bojo do debate sobre a (in) sustentabilidade dos modelos de desenvolvimento (econômico) vigentes, caracterizados pela crescente exploração e usurpação de recursos, incluindo os humanos, buscar-se-á evidenciar que algumas das insuficiências geradas por esses modelos estão contribuindo significativamente para que a biosfera caminhe para uma catástrofe sem precedentes. A partir dessa reflexão, algumas possibilidades serão abordadas no sentido de promover a ressignificação do entendimento de desenvolvimento, a ser estruturado pela urgente necessidade de contenção da voracidade do modelo capitalista neoliberal que busca conquistar tudo e todos para a supremacia de alguns poucos em detrimento da dignidade da vida. A economia do suficiente, termo empregado por Leonardo Boff, será apresentada neste estudo como uma proposta de redesenho do contexto presente. Para tanto, um processo dialógico entre os autores deste estudo e pesquisadores de algumas correntes econômicas, bem como Aristóteles, Boaventura de Sousa Santos, Amartya Sen, Clóvis Cavalcanti, Leonardo Boff e Karl Polanyi se fará presente. A abordagem proposta buscará caracterizar a atividade econômica como um meio, dentre tantos outros, para viabilizar os processos relativos à vida. Nesse sentido, as relações sociais, ambientais, culturais, econômicas e políticas serão projetadas como um fim maior de se viver, contrapondo outros paradigmas unicamente centrados na dimensão econômica, como o paradigma da conquista, assim denominado por Leonardo Boff, que tem na atividade mercantil e nas políticas econômicas fins em si mesmos, justificando e legitimando, assim, suas práticas hegemônicas
Databáze: OpenAIRE