O idioma da apostasia judaica na Holanda do século XVII : a Bíblia de Ferrara e a reinvenção da cultura sefardita
Autor: | Vainfas, Ronaldo |
---|---|
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Recercat. Dipósit de la Recerca de Catalunya instname Recercat: Dipósit de la Recerca de Catalunya Varias* (Consorci de Biblioteques Universitáries de Catalunya, Centre de Serveis Científics i Acadèmics de Catalunya) Dipòsit Digital de Documents de la UAB Universitat Autònoma de Barcelona |
Popis: | Este artigo apresenta um estudo sobre a conversão dos cristãos-novos portugueses ao judaísmo em Amesterdã, bem como no Recife sob o domínio holandês, durante a primeira metade do século XVII. Cristãos-novos, que, devido à sua identidade ambivalente entre o judaísmo e o catolicismo sefardita, foram definidos pelo historiador Yosef Kaplan como Judeus novos. Com base em processos da Inquisição de Lisboa contra judeus portugueses capturados na guerra de Pernambuco, o autor analisa os ritos judaicos relatados pelos prisioneiros, em particular o uso da língua castelhana, ou sua variante, o ladino, nas orações diárias sinagogais. O artigo sustenta que este método doutrinário, concebido no início do século XVII pelo judaísmo português em Amsterdã, foi uma adaptação da primeira tradução do Antigo Testamento para o espanhol - a Bíblia de Ferrara. Composta na década de 1550 pelo português Daniel Pinel e pelo espanhol Jeronimo Vargas, ambos exilados sefarditas na Itália, a bíblia ferraresca comprova o papel decisivo da cultura sefardita tradicional, restaurada na diáspora mediterrânica - como mostra o caso de Ferrara - para a reconstrução do judaísmo ibérico na Holanda. This article presents a study on the conversion of the Portuguese New Christians to Judaism in Amsterdam as well as in Recife under the Dutch rule, during the first half of the seventeenth century. New Christians, which, due to their ambivalent identity amidst the Sephardic Judaism and Catholicism, were defined by the historian Yosef Kaplan as New Jews. Based on processes of the Inquisition of Lisbon against Portuguese Jews caught in Pernambuco's war, the author analyzes the jewish rites reported by the prisoners, in particular the use of the Castilian language, or its variant, the ladino, in the synagogal daily prayers. The article sustains that this doctrinal method, conceived in the early seventeenth century by the Portuguese Jewry in Amsterdam, was an adaptation of the first translation of the Old Testament into Spanish - the Bible of Ferrara. Composed in the 1550s by the Portuguese Daniel Pinel and by the Spanish Jeronimo Vargas, both Sephardic exiles, in Italy, the ferraresca bible proves the decisive role of the traditional Sephardic culture, restored in the Mediterranean Diaspora - as the case of Ferrara shows - for the Iberian Judaism reconstruction in the Netherlands. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |