A toponímia de Luanda : das memórias coloniais às pós-coloniais
Autor: | Jacob, Berta Maria Oliveira |
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Přispěvatelé: | João, Maria Isabel |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2011 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instacron:RCAAP |
Popis: | Dissertação de Mestrado em Estudos do Património apresentada à universidade Aberta Neste trabalho propomo-nos estudar a toponímia da cidade de Luanda enquanto lugar de memória. Lugar de memória “construído” por uma população de africanos e europeus e que atravessa séculos e contextos históricos, desde a sua fundação, no século XVI, ao século XX; do domínio colonial português à soberania angolana, a partir de 11 de Novembro de 1975. Procuramos na toponímia desta cidade as memórias dos portugueses e as memórias dos angolanos, num processo que não se apresenta linear, mas eivado de rupturas, coexistências e retorno de designações. Um processo complexo que, ainda está em curso. As explicações de natureza político-ideológica não esgotam o tema e temos que procurar outra sorte de justificações para o abandono de algumas designações toponímicas e a manutenção de outras, quer durante o período da colonização portuguesa, quer após a mudança de estatuto político de Angola. No período que vai até 1975, constatamos o progressivo abandono das designações na língua das populações nativas – o quimbundo - a favor das designações na língua do colonizador e conhecemos quem são as figuras com direito à memória histórica. Após a independência de Angola, analisamos a nova toponímia para percebermos o que muda, os nomes que são eliminados, os que “ganham” o seu lugar e aqueles que permanecem para lá do novo contexto político, como manifestações de uma assimilação cultural, conseguida ao longo de séculos de dominação portuguesa. Entendemos que as memórias coloniais não foram totalmente expurgadas da toponímia de Luanda, em 1977, embora os angolanos, agora senhores do seu destino, tenham posto em marcha um processo pelo qual afirmam o direito à sua memória histórica. Writting this work we have the purpose to study Luanda‟s toponymy as a Place of Memory. A Place of Memory built by an African and European population who cross centuries and historic contexts, since it‟s foundation, in the 16th century to the 20th century, since the Portuguese colonial supremacy to the national liberation, from the 11th November 1975. We search in this city‟s toponimy the Portuguese memories and the Angolan memories, in a way not always linear, full of breakdowns, co-existence and designation returns in a lived process. A complex process which is now in progress. Political and ideological explanations don‟t exhaust the subject, and we have to surch for other justifications. Explanations for the destitution of some toponymic designations, subsistence of others, not only during the Portuguese colonization, but also after the change of Angola‟s political power. Until 1975, we acertain the progressive desertion of designations in the native population‟ language – quimbundo- behalf of designations in the settler language and we notice who are the figures with the right to historical memory. After Angola‟s independency, we analyze the new toponymy to understand what changed, the eliminated names, the ones who “win” their place and the ones who continue beyond the new political context, as demonstration from a cultural assimilation, obtained through centuries of Portuguese rule. We understand that the colonial memories weren´t totally eliminated from Luanda‟s toponimy, in 1977, although the Angolan people, now master of his own destiny, have been carry a process whereby they affirm the right to his own historical memory. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |