O papel dos metais na doença de Huntington e na esclerose lateral amiotrófica
Autor: | Miranda, Juliana Isabel de Sousa da Mota |
---|---|
Přispěvatelé: | Leal, Fernanda |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2016 |
Předmět: |
Manganese
Ciências Médicas::Medicina Básica [Domínio/Área Científica] Metais tóxicos Iron Neurodegenerative diseases Amyotrophic lateral sclerosis Doenças neurodegenerativas Cobre Doença de Huntington Esclerose lateral amiotrófica Toxic metals Biological metals Manganês Metais biológicos Copper Ferro Huntington’s disease |
Zdroj: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instacron:RCAAP |
Popis: | As doenças neurodegenerativas caracterizam-se por apresentar condições bastantes debilitantes, ainda sem cura, que afetam pessoas de todas as idades e resultam numa degeneração progressiva e/ou morte dos neurónios, sendo estas as células responsáveis pelas funções do sistema nervoso. Nos últimos anos, tem-se vindo a descobrir uma relação entre os metais e a neurodegeneração, porém, os mecanismos pelos quais os iões metálicos (ferro, cobre e manganês) interferem com a doença de Huntington e com a esclerose lateral amiotrófica ainda são pouco claros, necessitando de novos estudos e investigações. Contudo, para a manutenção das funções vitais e homeostase de orgãos individuais são necessários níveis adequados de elementos metálicos vestigiais. Estes níveis vestigiais, apesar de essenciais para a vida, com o excesso de acumulação podem tornar-se altamente tóxicos e possivelmente fatais. Existem já alguns mecanismos que se pensam estar na base do início da progressão das doenças abordadas, tais como o stress oxidativo através da libertação de espécies reativas de oxigénio e a agregação proteica. A doença de Huntington é uma patologia neurodegenerativa, autossómica dominante, que afeta o movimento e conduz a um défice cognitivo e perturbações psiquiátricas. É causada pela expansão instável de uma repetição do trinucleótido CAG na região codificante do gene HD, no braço curto do cromossoma 4. Este gene codifica a proteína Huntingtina, onde irá ocorrer uma mutação originando a Huntingtina mutante, levando deste modo à degeneração do estriado e das camadas mais profundas do córtex, sendo estas seletivamente afetadas durante a progressão da doença. A esclerose lateral amiotrófica é uma doença neurodegenerativa rara, caracterizada pela perda progressiva da função motora e da capacidade respiratória, cuja mortalidade se deve fundamentalmente à repercussão respiratória, em estádios mais tardios da doença. A primeira evidência da doença é o surgimento da fraqueza simétrica num dos membros, associada à atrofia progressiva dos músculos. Uma mutação no gene que codifica a superóxido dismutase 1, expressa ubiquamente na eliminação de radicais livres, parece estar na base desta patologia, encontrada em 1 a 9% dos pacientes com esclerose lateral amiotrófica. Sendo estas duas doenças neurodegenerativas raras e pouco estudadas e tendo repercussões negativas na saúde do indivíduo, é de extrema importância a realização de um diagnóstico precoce. Para tal, é necessário que o clínico realize uma boa anamnese, exame físico e ainda a execução de exames complementares de diagnóstico. Até ao momento, a maioria das doenças neurodegenerativas, não possuem ainda uma cura, não sendo a doença de Huntington e a esclerose lateral amiotrófica uma exceção. O tratamento existente, passa por mecanismos que apenas aliviam a sintomatologia. Atualmente, os quelantes de metais estão a ser testados como mecanismos terapêuticos no combate à acumulação do excesso de metais no organismo, diminuindo desta forma a sua toxicidade. São ainda necessários mais estudos, porém constituem um avanço na medicina. Neurodegenerative diseases are characterized by presenting harmful conditions, still without cure, afecting all ages and resulting in a progressive degeneration and/or neurologic death, being these cells the responsible for the neurologic system functions. In the last years, it has come to discover a link between metals and neurodegeneration, however, the mechanisms by which metallic ions (iron, copper and manganese) cause Huntington’s disease and amyotrophic lateral sclerosis are still unclear, needing new studies and investigation. In spite of that, in order to mantain individual organs vital functions and homeostasis, adequated levels of vestigial metallic elements are necessary. These vestigial levels, however essential to life, with excessive accumulation may become highly toxic and potencially fatal. There are a few mechanisms that are probably in the origin of the adressed diseases progression, as such oxidative stress through reactive oxygen species libertation and proteic aggregation. Huntington’s disease is a neurodegenerative pathology, autossomic dominant, which afects movements and leads to a cognitive defict and psychiatric perturbations. It is caused by the instable expantion of a CAG trinucleotid repetition in the HD gene codificant region, in the chromossome 4 short arm. This gene codifies Huntingtin protein, where a mutation leading to a mutant Huntingtin will occur, resulting in the striatum and most deep layers of cortex degeneration, that are selectively affected during the disease progression. Amyotrophic lateral sclerosis is a rare neurodegerative disease, characterized by the progressive loss of motor function and respiratory capacity, which mortality is fundamentally due to respiratory repercution, in the late stages of the disease. The first symptom is simetric weakness in one of the limbs, associated with a progressive muscle atrophy. A mutation on the superoxide dismutase 1 codificant gene, expressed on the free radicals elimination, is likely to be on the origin of this pathology, found in 1% to 9% of amyotrophic lateral sclerosis patients. Both of these diseases are rare and poorly studied and both have negative repercussions in the patient life, so it is of extreme importance the realization of an early diagnosis. Therefore, a good clinical story is necessary, as also as physical exam and complementary diagnosis exams. Up to this moment, most neurodegenerative diseases don’t have a cure yet, and Huntington’s disease and amyotrophic lateral sclerosis are not an exception. There is treatment available, consisting in mechanisms that only realive the symptoms. Nowadays, metal chelators are being tested as therapeutic mechanisms to fight the excessive metal accumulation on the organism, decreasing, therefore, its toxicity. There are also needed more studies, as they promote a step foward in medicine. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |