Sacralidades fluidas: o mar e as fronteiras do conhecimento na ficção medieval
Autor: | Carreto, Carlos F . Clamote |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Zdroj: | Lusitania Sacra; No 40 (2019): O mar no imaginário religioso: cultos, espaços e representações; 83-110 Lusitania Sacra; n. 40 (2019): O mar no imaginário religioso: cultos, espaços e representações; 83-110 Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instacron:RCAAP |
ISSN: | 2182-8822 0076-1508 |
DOI: | 10.34632/lusitaniasacra.2019.n40 |
Popis: | Despite its remarkable recurrence in medieval literature, the sea, because of its intrinsic fluidity, is probably one of the most complex and difficult spaces to examine. That is why the maritime space and what happens in it is so often associated with the marvelous and the miracle, as long as we understand these terms as cognitive categories, that is to say, as signs of the irruption of an exogenous element marked by alterity that implies a rupture, a questioning attitude, an opening to the unknown, and a reconfiguration of the worldview. As a place of revelation, conversion and many other transformations, final frontier between the sacred and the profane, the world and other world, heaven and earth, the appeal of transcendence and the specter of submersion in the abyss, unique space of mediation between the universe of topoi and poetic innovation, can the sea represented by fictional narrative appear as a vast metaphor of Knowledge? Não obstante a sua notável recorrência na literatura medieval, o mar é provavelmente um dos espaços mais complexos e difíceis de apreender, a sua natureza de espaço fluido tornando problemático o seu estatuto enquanto objeto de estudo. Daí que o espaço marítimo e o que nele acontece seja tantas vezes associado ao maravilhoso e ao milagre, na condição de entendermos estes termos como categorias cognitivas, ou seja, enquanto signos da irrupção de um elemento exógeno marcado pela alteridade que implica um rasgo, uma questionação, uma abertura ao desconhecido e uma reconfiguração da visão do mundo. Enquanto lugar de revelação, de conversão e de múltiplas outras transformações, derradeira fronteira situada nos limiares entre o sagrado e o profano, o mundo e o outro-mundo, o céu e a terra, o apelo da transcendência e o espectro da submersão nas profundidades abissais, espaço privilegiado de mediação entre o universo dos topoi e uma escrita marcada pela diferença, será o mar representado pela narrativa ficcional uma vasta metáfora do Conhecimento? |
Databáze: | OpenAIRE |
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