Propostas de intervenções à saúde dos trabalhadores apoiadas em indicadores
Autor: | Santana, Leni de Lima |
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Přispěvatelé: | Sarquis, Leila Maria Mansano, Kalinke, Luciana Puchalski, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2013 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFPR Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
Popis: | Orientadora: Leila Maria Mansano Sarquis Coorientadora: Luciana Puchalski Kalinke Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Defesa : Curitiba, 20/09/2013 Inclui referências: p. 97-111 Resumo: Objetivo: avaliar a realidade objetiva e subjetiva relacionada à existência de riscos psicossociais no ambiente hospitalar e a sua relação com o adoecimento mental e comportamental do trabalhador de saúde. Métodos: estudo de métodos mistos, realizado em um hospital do Paraná. Na abordagem quantitativa, foi realizado um estudo transversal com 753 trabalhadores selecionados por processo probabilístico aleatório simples. A coleta de dados foi realizada por meio do Copenhagen Psychosocial Questionnaire (Copsoq) e de um questionário sociodemográfico, ocupacional e de saúde mental. Para a verificação da consistência interna do Copsoq, foi aplicado o Alpha de Cronbach (?=0,83); para analisar a associação dos riscos psicossociais com o adoecimento mental do trabalhador, estabeleceram-se como desfechos: problemas para dormir, síndrome de burnout, estresse e sintomatologia depressiva. Para as variáveis categóricas, foram construídas tabelas de contingências e para as contínuas foram aplicados os testes de Kolmogorov-Sminorv e Bartllet. Na análise inferencial, foram calculados Intervalo de Confiança (IC95%), Razão de Prevalência (RP) ou Odds Ratio (OR). Na análise univariada, foi utilizado o teste de qui-quadrado de Pearson e o p-valor das variáveis categóricas analisadas baseou-se no Teste de Wald. Para verificar a precisão estatística dos modelos finais, foi utilizado o teste goodness-of-fit de Pearson, considerando adequado o valor p < 0,05, verificada a multicolinearidade entre todas as variáveis da análise inferencial por meio do "value inflate factor" e construída a matriz de multicorrelação. Na etapa qualitativa, participaram 16 trabalhadores que declararam adoecimento por transtorno mental ou comportamental. Os dados foram obtidos por entrevista semiestruturada, processados pelo software Iramuteq e analisados por Classificação Hierárquica Descendente. Resultados: prevaleceram trabalhadores de nível técnico (33,7%), do turno diurno (75%). Na declaração de adoecimento por transtornos mentais e comportamentais, prevaleceram os transtornos de humor (53,3%) e na avaliação dos riscos psicossociais, foram identificadas situações de risco à saúde envolvendo insegurança laboral (66,7%), exigências cognitivas (57,6%), influência no trabalho (55,8%), exigências emocionais (44%) e ritmo de trabalho (34%). Na análise qualitativa, emergiram três categorias que versam sobre o sofrimento psíquico no processo de trabalho; decorrente da tríade indivíduo, família e trabalho e do adoecimento do trabalhador. Os riscos psicossociais foram caracterizados pelo medo do desemprego, pela necessidade de aperfeiçoamento profissional, pouca participação nas decisões institucionais, desgaste emocional e sobrecarga de trabalho. O risco para síndrome de burnout foi associado ao sexo, idade, segundo vínculo empregatício, exigências emocionais, confiança vertical e saúde geral. O risco para estresse foi associado ao sexo, idade, turno de trabalho, tempo de trabalho na instituição, exigências emocionais, conflito trabalho-família, confiança vertical e saúde geral. Problemas para dormir foram associados aos profissionais das ciências e das artes, à previsibilidade, à insegurança laboral e à saúde geral e sintomatologia depressiva foi associada às recompensas, conflito trabalho-família, confiança horizontal e saúde geral. Os resultados subsidiaram a elaboração de propostas de intervenção, apresentadas aos gestores da instituição. Conclusão: existem riscos psicossociais no ambiente de trabalho, sua existência é percebida pelos trabalhadores e associada ao risco de ocorrência de transtornos mentais e comportamentais. Palavras-chave: Riscos psicossociais. Saúde Mental. Saúde do Trabalhador. Pessoal de saúde. Condições de trabalho. Abstract: Objective: to evaluate the objective and subjective reality related to the existence of psychosocial risks in the hospital environment and its relation with the mental and behavioral illness of the health worker. Methods: study of mixed methods performed at a hospital in Paraná. In the quantitative approach, a cross-sectional study was carried out with 753 workers selected by simple random probabilistic process. Data collection was performed through the Copenhagen Psychosocial Questionnaire (Copsoq) and a sociodemographic, occupational and mental health questionnaire. In order to verify the internal consistency of Copsoq, the Cronbach's Alpha (? = 0.83) was applied; to analyze the association of psychosocial risks with the worker's mental illness , the following outcomes were established: sleeping problems, burnout syndrome, stress and depressive symptomatology. Contingency tables were constructed for the categorical variables and the Kolmogorov-Sminorv and Bartllet tests were applied for the continuous variables. In the inferential analysis, Confidence Interval (95% CI), Prevalence Ratio (PR) or Odds Ratio (OR) were calculated. In the univariate analysis, the Pearson chi-square test was used and the p-value of the categorical variables analyzed was based on the Wald test. Pearson's goodness-of-fit test was used to verify the statistical accuracy of the final models, considering p |
Databáze: | OpenAIRE |
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