Perceção do Cliente Quanto ao Planeamento do Regresso a Casa pelo Enfermeiro de Reabilitação e Nível de Dependência

Autor: Nunes, Tânia
Přispěvatelé: Bettencourt, Merícia
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instacron:RCAAP
Popis: O regresso a casa após um período de internamento é um momento de transição, com influência no processo de reabilitação e reintegração do cliente na comunidade. O conhecimento da perceção que os clientes possuem sobre o planeamento do seu regresso a casa, permite que os enfermeiros, especialistas em reabilitação, conheçam as reais necessidades dos seus clientes, contribuindo assim, para um planeamento adequado e consequente maior satisfação dos clientes pelos cuidados recebidos. Este estudo teve como objetivo avaliar o grau de dependência dos clientes alvo de cuidados de enfermagem de reabilitação e a sua perceção sobre o planeamento do seu regresso a casa pelos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação. Realizámos um estudo transversal, exploratório, descritivo e quantitativo, cuja colheita de dados ocorreu nos vários centros de saúde da Região Autónoma da Madeira e em que participaram 37 clientes que tinham regressado a casa no último mês antes da colheita de dados. Para a obtenção de dados optou-se por um questionário de caracterização dos participantes, pela aplicação do Índice de Barthel e pelo questionário de planeamento da alta (PREPARED). Quanto à dependência, constatámos que 43,2% dos clientes eram independentes na realização das atividades de vida diárias, 27% ligeiramente dependentes, enquanto apenas 10,8% eram totalmente dependentes. As atividades de vida diárias com maior dependência foram o banho (51,4%) a higiene corporal (29,7%) e o uso sanitário (18,9%). No domínio do mover-se, destacaram-se o subir e descer escadas, a deambulação e a transferência cadeira-cama, com 32,4%, 18,9% e 10,8% de dependência respetivamente. No que diz respeito às informações fornecidas no planeamento do regresso a casa, sobre a realização das atividades de vida diárias, a maioria dos participantes (56,3%) percecionou-as como “as necessárias”. O mesmo aconteceu relativamente à medicação (62,5%). No entanto, 50% dos participantes referiu não ter recebido informação sobre os seus efeitos secundários. De relevo o facto de 68,8% afirmar sentir preocupação com a execução das atividades de vida diárias e 59,4% dos participantes não referir confiança na realização das tarefas diárias em casa. Pelos resultados obtidos e apesar dos participantes percecionarem que receberam informação necessária durante o planeamento do regresso a casa, a maioria revela preocupação e falta de confiança nesta transição, pelo que estes aspetos deverão ser alvo de futuras investigações. The return home after a period of hospitalization is a moment of transition, influencing the rehabilitation and reintegration process of the client in the community. The knowledge of the perception that clients have about the planning of their return home, allows nurses, specialists in rehabilitation, to know the real needs of their clients, thus contributing to an adequate planning and consequent greater satisfaction of clients for the care received. This study aimed to assess the degree of dependence of clients targeted for rehabilitation nursing care and their perception of the planning of their return home by nurses who are specialists in rehabilitation nursing. We carried out a cross-sectional, exploratory, descriptive and quantitative study, whose data collection took place in the various health centers in the Autonomous Region of Madeira and in which 37 clients who had returned home in the last month before the data collection participated. To obtain data, a questionnaire was used to characterize the participants, the application of the Barthel Index and the discharge-planning questionnaire (PREPARED). As for dependence, we found that 43.2% of participants in the study were independent in carrying out daily life activities, 27% slightly dependent, while only 10.8% were totally dependent. The daily activities of greatest dependence were bathing (51.4%), body hygiene (29.7%) and sanitary use (18.9%). In the domain of moving, the highlight was climbing and descending stairs, walking and transferring a chair-bed, with 32.4%, 18.9% and 10.8% of dependence, respectively. With regard to the information provided in the planning of the homecoming, about the performance of daily life activities, most participants (56.3%) perceived them as the necessary. The same happened with information of medication (62.5%). However, 50% of participants reported not having received information about their side effects of medication. Of note is the fact that 68.8% participants say they are concerned with the performance of daily life activities and 59.4% of the participants do not mention confidence in carrying out daily tasks at home. Due to the results obtained and despite the participants perceiving that they received the necessary information during the planning of the return home, most of them show concern and lack of confidence in this transition, so these aspects should be the target ot future investigations. info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Databáze: OpenAIRE